A DECO PROteste lançou um inquérito aos seus membros para avaliar quantos recorrem ao ChatGPT para ajudar em pesquisas e navegação na web. Os resultados são expressivos. 78% das pessoas que navegam na web já recorrem a algum tipo de modelo de inteligência artificial, nomeadamente o ChatGPT da Open AI. Fazem isso para pesquisar informações e obter dados mais relevantes.
Uma vez que a inteligência artificial é hoje uma ferramenta inescapável para qualquer pessoa que queira acelerar o seu workflow, revelamos-lhe como usar a IA para seu benefício em vários níveis. Para obter informação consensual mais rapidamente, por exemplo. Ou para fazer brainstorming de ideias, identificar fontes de informação e aprofundar conhecimentos. E até mesmo para o ajudar a alavancar negócios.
Qual a utilização do ChatGPT entre utilizadores portugueses?
O artigo de investigação da DECO PROteste revela que a IA tem vindo a ganhar cada vez mais relevância entre as pessoas que navegam na Web. 72% dos inquiridos disseram que a IA está presente no seu dia a dia para vários tipos de atividade, sendo que a atividade da pesquisa é a mais dominante.
O ChatGPT continua a ser a solução com mais impacto e mais utilizada entre utilizadores nacionais, sendo que depois de uma fase inicial de algum ceticismo relativamente à relevância e coerência dos dados tratados por este modelo de IA, ele é hoje dominante no nosso país.
De acordo com a DECO, mais de metade dos inquiridos (57%) já experimentou o ChatGPT ou sistemas baseados neste modelo. O que o inquérito também revelou é que muitos experimentam e não voltam a pegar nele, sendo que apenas 32% dos inquiridos dizem continuar a utilizá-lo com alguma regularidade.
Os jovens são quem mais usa modelos de IA
Os utilizadores em Portugal que mais dizem usar o ChatGPT têm idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos, correspondendo a 55% dos utilizadores. Quando olhamos para a faixa dos 55 aos 74 anos, 65% dos inquiridos reconhecem que não sabem o que é o ChatGPT.
Outro dado que não é de surpreender é que a vasta maioria dos inquiridos (98%) não tem intenções de aceder ao serviço pago mais avançado do ChatGPT, e 86% dizem que acedem através do computador.
Outro dado relevante é que apenas 9% dos utilizadores diz usar o ChatGPT através do motor de pesquisa Bing, da Microsoft. Esta integração em motor de pesquisa foi um passo muito importante para a Microsoft tentar ganhar cota de mercado face à Google, porém, como vemos, a resistência ainda é grande num universo de utilizadores que privilegia o Google Chrome e o motor de pesquisa da Google.
Quais os principais motivos que desmotivam as pessoas de usar o ChatGPT?
O ChatGPT ainda tem um longo percurso a percorrer no que respeita à confiança, respeitabilidade e curadoria dos dados apresentados. Razões tecnológicas, ideológicas ou de mero desconhecimento são as que mais afastam as pessoas.
Além disso, note-se que cerca de 83% dos inquiridos dizem ter confiança, pelo menos “moderada”, de que os seus dados pessoais estejam protegidos. E só 3% dizem que não confiam nos Termos de privacidade da empresa quanto ao tratamento dos seus dados. Estes valores são bastante moderados, e até positivos, tendo em conta a demografia portuguesa em comparação com a Europeia, onde o problema da privacidade dos dados é muito mais premente.
Vejamos-se os principais motivos para os portugueses não utilizarem o ChatGPT:
- Porque nunca ouviu falar – 23% dos inquiridos.
- Porque não aceita registar-se para utilizar o serviço – 21% dos inquiridos.
- Devido a preocupações com privacidade – 19% dos inquiridos.
- Considera que é uma tecnologia perigosa – 15%.
- Porque é contra “tecnologias que substituam humanos” – 13%.
Como se vê, a OpenAI e as soluções de Inteligência Artificial que venham ainda a ser apresentadas no mercado devem fazer um trabalho cuidadoso no sentido das Relações Públicas. Garantir segurança, privacidade, relevância e boa curadoria no seu funcionamento é da maior importância para os utilizadores.
Quais são as principais funcionalidades que os utilizadores do ChatGPT usam?
Pesquisas, resumos, inspiração, obtenção de código de programação, são tudo motivos frequentes para os utilizadores portugueses usarem o ChatGPT. Dá para ver que as pessoas se estão a especializar no ChatGPT não somente como mais um motor de pesquisa, mas também nas suas vertentes dialéticas de curadoria de resultados a partir de uma “conversa” com o modelo.
Para já, os utilizadores portugueses também revelam estar maioritariamente agradados com o funcionamento do ChatGPT, com 86% a revelarem-se satisfeitos. A satisfação advém dos seguintes fatores: simplicidade no registo, utilização fácil, respostas fiáveis, produção de conteúdos que está à altura das expectativas.
São estas as funcionalidades mais usadas pelos portugueses que recorrem ao ChatGPT:
- Para pesquisar informação – 78% dos inquiridos.
- Para produzir texto – 70% dos inquiridos.
- Para resumir textos longos – 35% dos inquiridos.
- Para objetivos de criação e inspiração – 29% dos inquiridos.
- Para obter código de programação – 24% dos inquiridos.
Quais são os principais medos associados ao ChatGPT?
A regulação é tida como um objetivo importante em que as autoridades nacionais e europeias devem apostar no setor da Inteligência Artificial. Ainda assim, em matéria de “controlo eficiente” destas inovações tecnológicas, 40% dos inquiridos dizem que as autoridades nacionais não têm capacidade para regular o ChatGPT. Essa faixa admite que as autoridades nacionais devem ter o poder de bloquear este tipo de soluções em nome do interesse nacional, mas que além disso será difícil fazer um controle devido deste tipo de sistemas.
Já 36% diz acreditar que o ChatGPT permite poupar tempo em várias profissões. O revés é o de que este tipo de sistemas poderá provocar despedimentos (32% acredita nisso), o que contrasta com 22% dos inquiridos que acredita no contrário.
Resumindo o tipo de utilização que os portugueses fazem do ChatGPT
Este é um estudo revelador de que o tipo de audiência portuguesa é maioritariamente jovem e faz um tipo de utilização ainda tradicional do sistema. Ou seja, a maioria usa o ChatGPT como se fosse um motor de pesquisa banal, embora uma faixa também significativa dos utilizadores lhe deem uma utilização mais criativa.
Há ainda muito potencial por explorar, nomeadamente em matéria de brainstrorming, criatividade, e na dialética humano-máquina que poderá produzir melhores e mais relevantes resultados.
Como utilizar o ChatGPT para iniciar ou melhorar um negócio?
O ChatGPT e outras soluções congéneres são muito interessantes para que procura informações, motivação, trocar ideias, obter criatividade e até fazer brainstorming para um negócio.
Uma pergunta inicial sobre se determinado nicho resulta para um negócio, como montar um plano de investimentos, como mantar uma loja online ou desenvolver um plano de negócios resulta sempre em respostas afirmativas e úteis por parte do ChatGPT.
Assim, não descure um tipo de utilização mais criativo do ChatGPT, uma vez que este modelo de IA está em permanente evolução e poderá revelar-se um braço direito corporativo fundamental. E isto é ainda mais verdade se optarmos por comprar a subscrição avançada do ChatGPT.