Elon Musk xAI

2024 tem sido um ano pródigo em novidades do mundo tecnológico e financeiro, especialmente em IA. Neste momento, a corrida por conquistar a maior fatia de mercado do setor da Inteligência Artificial está-se a fazer entre gigantes americanos e chineses. A xAI, de Elon Musk, é uma das empresas que quer ganhar preponderância nesse setor, suplantando-se à OpenAI, mas a Apple também está na corrida.

Enquanto isso, a China parece empenhada em investir nos seus gigantes retalhistas como a Alibaba, mas também em dinamizar soluções tecnológicas com IA. Veja quem vai ganhar a corrida pela IA e pelo domínio no comércio global digital.

Empresa de Inteligência Artificial de Elon Musk, a xAI, poderá destronar a OpenAI

Segundo uma notícia da Reuters, a startup de inteligência artificial de Elon Musk, a xAI, alcançou vários biliões em dversas rondas de investimento. Depois da uma ronda série B com mais $6 biliões de investimento alcançado, a empresa vale agora cerca de $24 biliões. Isso significa que a xAI está bem posicionada para fazer frente à OpenAI e intensificar a concorrência no setor IA.

Aquela ronda de financiamento foi promovida por investidores como Andreessen Horowitz e a Sequoia Capital. E agora, $6 biliões depois da última ronda de investimento, Elon Musk parece preparado para ser o número 1 em pesquisa e desenvolvimento na área de IA.

O dinheiro injetado na xAI será utilizado para desenvolver os primeiros produtos de consumo de massas assente em IA desta empresa. Para já, a aposta será em construir a infraestrutura necessária, e a aceleração da investigação, para criar produtos imbatíveis no mercado.

De acordo com um tweet de Elon Musk acerca da xAI: “Teremos mais para anunciar nas próximas semanas”. Se isso vai significar comprar empresas de IA para concentrar poder, ou lançar competição ao ultrafamoso Chatgpt, isso é o que teremos de esperar para saber.

Lembramos que do outro lado das trincheiras situa-se a Microsoft, que investiu na OpenAI, e também a Alphabet, com as suas próprias soluções em IA generativa. O que é certo é que o capital global vê na Inteligência Artificial uma galinha de ovos de ouro. É por isso que investe neste setor que, em breve, poderá começar a gerar lucros astronómicos. Basta ver o desempenho fora de série em bolsa da fabricante nVidia, que está intimamente ligada à revolução em IA.

Apple na corrida pela Inteligência Artificial, apoiada pela sua base de utilizadores gigante

A Apple parece apostada em conquistar o seu quinhão do setor IA através da sua base de utilizadores e não tanto através de inovação e de acesso a biliões em capital de risco.

Na conferência do próximo mês que reunirá programadores da Apple, a empresa irá revelar uma nova abordagem à inteligência artificial e à forma como a introduzirá nos seus produtos. Irá focar-se em ferramentas que os utilizadores dos seus produtos poderão passar a integrar no dia a dia. O objetivo é garantir que as novas soluções em IA em produtos como os iPhone tenham um lado prático evidente e gerem valor acrescentado para os produtos do universo Apple.

A Apple encontra-se numa posição delicada. A empresa precisa convencer os seus consumidores e investidores de que está também na corrida pela IA, apesar de a OpenAI e da xAI estarem a conquistar a confiança do grande capital de risco.

Por isso, a Apple prepara-se para dedicar uma boa parte da Conferência Mundial de Programadores (Worldwide Developers Conference) a abordar o tema da integração IA nos seus produtos. O chamado Project Greymatter será essencial nessa comunicação. Este projeto unifica um conjunto de ferramentas de IA que a Apple pretende integrar em apps de base como o Safari, fotografias e notas. Também haverá novidades IA ao nível do sistema operativo iOS, por exemplo com a introdução de notificações melhoradas.

O sistema de funcionalidades IA irá, em primeiro lugar, recorrer às capacidades de processamento dos dispositivos, mas também poderão funcionar através de cloud computing.

Quando irá surgir IA no iOS?

A Apple quer implementar as funcionalidades IA já no iOS 18 e macOS 15. Em ambos os sistemas, haverá mecanismos de controle do rendimento do hardware. De modo a determinar se o processamento ligado a IA tem origem no próprio dispositivo ou na cloud. A maior parte das funcionalidades IA serão assim suportadas em dispositivos iPhone, iPad e em computadores Mac com tecnologia de 2023. Já a funcionalidade de cloud computing serão garantidas pelos chips M2 Ultra que são alojados em data centres da empresa.

Há diversas potencialidades que irão surgir este ano nos dispositivos Apple. Por exemplo: a transcrição de mensagens de voz, o retoque automático de fotos com IA, as pesquisas mais rápidas e relevantes com o Spotlifght. Também será melhorada a pesquisa no browser Safari, com respostas, emails e mensagens sugeridas.

A assistente pessoal Siri irá ter também uma atualização, com interações humano-máquina mais naturais com base nos modelos de linguagem de massa da Apple.

Empresas chinesas apostam no comércio global, inspiradas pela Alibaba e JD.com

Do outro lado do mundo, na China, a Inteligência Artificial estará ao serviço de mercados globais digitais à imagem do que já faz a Alibaba. Porém, para já, as movimentações de mercado são predominantemente financeiras, no sentido de angariar capital e de concentrar poder de empresas.

A Alibaba vendeu na semana passada $4.5 biliões em dívida, que servirá para capitalizar o seu negócio. E, desse modo, continuar a afirmar a influência do seu mercado global, que muitos associam à Amazon.

Outra movimentação financeira relevante aconteceu em novembro de 2023. Nesta altura, a plataforma de compras online Meituan decidiu recomprar as suas próprias ações no valor e $1 bilião. Também a Baidu anunciou um programa de recompra no valor de $5 biliões, em fevereiro de 2023.

Por outras palavras, a China compete diretamente com os EUA como principal economia mundial. E é no campo da inovação tecnológica que muito desse poder surgirá. As movimentações financeiras das grandes empresas tecnológicas chinesas permite denotar uma procuração com a estabilidade dos negócios. Depois disso, poderemos começar a assistir a movimentos de rutura em setores-chave da indústria chinesa como:

  • A indústria automóvel chinesa de veículos elétricos, que quer conquistar o mercado europeu.
  • A indústria do entretenimento e das redes sociais chinesa, que com o exemplo do TikTok tenderá a conquistar públicos cada vez mais vastos com a introdução de funcionalidades IA.
  • No campo do comércio global digital, e apoiada por plataformas como a Alibaba, a China quer introduzir IA para conquistar empresários e consumidores de todo o mundo.

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