Meta, a empresa guarda-chuva de Facebook, vai lançar uma plataforma de microblogging procurando capitalizar com as vulnerabilidades do Twitter.
A plataforma tem neste momento o nome de código P92, ou Barcelona, e será uma app de texto parcialmente integrada no Instagram. O objetivo é fornecer uma experiência descentralizada e interoperável, que aproveita o protocolo ActivityPub de Mastodon.
Os novos detalhes sobre a plataforma de Meta emergiram de chamadas secretas que a empresa tem tido com alguns criadores selecionados. Estas conversas atingiram um ponto de interesse em junho passado, de acordo com o criador que teve um encontro com Meta.
Lia Haberman, uma influencer social e especialista de Marketing para a nova app de Meta disse: “Com base num exemplo (um pouco obscurecido) que obtive, a nova app de Meta vai ser muito parecida com o Twitter”.
The app will have creator controls and account safety features.
For example, accounts you’ve blocked on IG will carry over
Hidden words you’ve selected on IG will also carry over.
— Lia Haberman (@liahaberman) May 19, 2023
Funcionalidades da nova app de Meta
A app descentralizada será construída sobre o Instagram e vai oferecer compatibilidade com outras apps semelhantes a Mastodon (não é por isso descabido pensar que oportunidades com criptomoedas possam também vir a surgir). Os utilizadores poderão usar uma forma de autenticação rápida e única através das suas credenciais do Instagram, permitindo-lhes sincronizarem conta com os seguidores atuais.
O seu perfil de instagram, bio e verificação são transportados para a nova plataforma, e os utilizadores de outras apps serão capazes de pesquisar, seguir e interagir com os seus perfis e conteúdos.
A app irá fornecer uma funcionalidade com feed de notícias centralizado que mostra os seguidores e conteúdos recomendados. Os utilizadores poderão publicar atualizações em texto de até 500 caracteres, juntar links, fotos e vídeos de até 5 minutos, e interagir com likes, replis e reposts.
A app da Meta vai fornecer controles de criador de conteúdos e funcionalidades de segurança de conta. Os utilizadores terão maior controlo sobre respostas e menções, assim como a possibilidade de bloquearem ou reportarem spam com facilidade.
As contas que tenham sido bloqueadas no Instagram poderão ser transportadas para a nova plataforma, e as mensagens escondidas do Instagram continuarão a se impedidas. Além disso, a app vai permitir autenticação de dois fatores, e a comunidade deverá seguir as guidelines que já estão em vigor no Instagram.
Aindda que não haja de momento informações sobre planos de monetização para a nova plataforma, a ausência de uma estratégia clara poderá sugerir um foco em estratégias sociais orgânicas em vez de a colocação inicial de anúncios.
A vantagem de Meta
A empresa Meta acredita que leva vantagem relativamente a competidores como Mastodon e Bluesky, graças ao seu acesso a biliões de utilizadores através da sua família de apps, que inclui o Instagram, Facebook, Whatsapp e Messenger.
Em declarações à Money Control, um representante da Meta disse:
“Estamos a explorar uma rede social descentralizada autónoma para partilhar atualizações de texto. Acreditamos que há uma oportunidade para um espaço em separado onde os criadores e figuras públicas poderão partilhar atualizações em tempo real sobre os seus interesses”.
A Meta quer trazer algumas figuras públicas de alto relevo para a sua plataforma, tais como atletas, atores, produtores, comediantes, figuras do entretenimento, que poderão ganhar acesso antecipado. Numa nota sobre estes criadores, a Meta reconheceu que vai com uma vantagem sobre outras apps na corrida para ser o próximo Twitter, e enfatizou que tem como vantagem a sua enorme base de utilizadores.
Ecoando sobre este tema, Matt Navarra, um Consultor de Média Social e Analista da Indústria, disse:
“Meta está atualmente a abordar influencers de alto relevo e celebridades para se tornarem utilizadores antecipados, e com isso testarem app antes de ser lançada a público”.
Meta quer explorar as vulnerabilidades do Twitter
De acordo com um relatório do New York Times, a Meta está a tentar tirar vantagens das fraquezas do Twitter. Desde que o bilionário e CEO da Tesla Elon Musk anunciou a privatização do Twitter em Outubro do ano passado, o futuro desta empresa tem enfrentado grandes incertezas e instabilidade.
Pouco depois de assumir o controlo, Elon Musk afastou um grande número de trabalhadores do Twitter, incluindo o CEO Parag Agrawal.
Em consequência, diversas celebridades acabariam por abandonar a plataforma, e os anunciantes retiraram-se com receio das novas políticas de moderação.
Tudo isto colocou a gigante tecnológica em risco de incumprimentos, uma vez que os anúncios representavam 90% dos rendimentos da empresa no último ano.
A procura de Zuckerberg pela dominância social
A empresa de Mark Zuckerberg tem um histórico de replicar outras plataformas de média sociais, e desta vez parece que o Twitter está mesmo no centro das atenções. O Instagram, detido pela empresa de Zuckerberg, já tinha replicado ideias do Tik Tok ao introduzir os Reels no Instagram.
Antes disso, houve uma tentativa experimental de lançar um clone do Tiktok chamado Lasso, que entretanto fechou. Além disso, Zuckerberg mostrou interesse em transformar o Whatsapp de Meta numa rival do WeChat.
É interessante ver que Zuckerberg já tinha demonstrado interesse antes no Twitter. Foi em 2008, quando fez uma oferta pública de aquisição do Twitter por $500 milhões, mas a oferta foi nessa altura recusada pela empresa.
À medida que o verão se aproxima, todas as atenções se vão dirigindo para Meta e para as experiências que ela preparar, numa altura em que quer criar novas possibilidades de interação sociais.
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