O Japão é o último país a juntar-se a um movimento para restringir o acesso da China a equipamentos de construção de chips. A nação liderada por Fumio Kishida anunciou novas medidas de controlo de exportações de maquinaria para a manufatura de 23 tipos de semicondutores.
Ministro japonês do comércio terá de aprovar exportação de equipamentos para fabrico de chips
O equipamento para fabricar chips de empresas como a Nikon e a Tokyo Electron terá novas regras associadas que serão aplicadas a partir de julho. A venda passa a depender de autorização direta do ministro do comércio e aplicável a 160 territórios identificados no mundo.
De acordo com uma notícia da CNN em que é citado um representante do governo japonês, referiu-se que as novas regras não pretendiam isolar nenhum país em particular. Ainda que a China esteja entre os países que parecem ter sido banidos da lista de exportações.
“Iremos cumprir com as nossas responsabilidades perante a comunidade internacional e enquanto país produtor de tecnologia, contribuindo para a manutenção da paz internacional e da segurança”, disse Yasutoshi Nishimura, o ministro japonês da economia, comércio e indústria, dirigindo-se aos repórteres.
Aquela iniciativa do Japão em controlar o acesso ao equipamento para fabrico de chips surge após os Estados Unidos e os Países Baixos terem tido iniciativas idênticas. No início deste ano, três nações – o Japão, Países Baixos e os Estados Unidos fizeram um acordo para restringir o acesso da China a máquinas de litografia fabricadas no ocidente.
Os Países Baixos foram o primeiro país a cumprir com este acordo logo em março, colocando limitações para o acesso a tecnologias de semicondutores, referindo a necessidade de promover a segurança nacional. Desde então que se esperam movimetnos significativos no mercado bolsista para comprar ações. Nomeadamente em tecnológicas como a Apple ou a Tesla.
Os especialistas esperam que estas novas regras afetem os fornecedores mundiais da indústria de semicondutores, ASML. Esta organização apoia os maiores produtores de chips à escala global, ajudando a acelerar a produção em massa de padrões de silicone, resultando em chips de computador mais pequenos, rápidos e ecológicos.
Até 2022, a ASML foi a única empresa holandesa e do mundo a produzir máquinas de chips com litografia ultravioleta extrema (EUV), um produto fundamental para a produção de semicondutores de 5nm e 3 nm utilizadores em todos os telemóveis modernos e máquinas de computação.
As empresas chinesas deverão ainda assim ser capazes de cobrir estas lacunas na indústria tecnológica causada pela escassez de equipamento de litografia produzido no ocidente.
Contudo, será necessário fazer vários ajustes de produção e pesquisa de modo aumentar a capacidade de produção e conseguir atingir os mesmos níveis dos rivais americanos, japoneses e europeus. A Reuters reportou recentemente que a Shanghai Micro Electronics Equipment (SMEE), a única firma a produzir equipamento de litografia, produz materiais capazes de imprimir nodes de semicondutores de 90nm.
Os desenvolvimentos mais encorajadores podem ser observados no progresso feito pela SMIC, que é a maior fabricante de semicondutores da China. Em meados de 2020, começou a produzir chips de 14 nm em alta quantidade, e até começou a criar chips de 7nm sem precisar de equipamentos de fora do país.