Elon Musk defendeu a decisão de censurar o Twitter na Turquia durante as eleições naquele país. Musk, que se refere a si próprio como um “absolutista da liberdade de expressão”, já veio dizer que controlo de informação é melhor do que abuso generalizado do seu serviço naquele país.
Numa postagem recente, o responsável do Twitter pelos Assuntos Globais de Governo disse:
“Em resposta ao processo legal em curso, e para garantir que o Twitter permanece disponível ao povo da Turquia, tomamos ações para restringir o acesso a alguns conteúdos na Turquia a partir de hoje.”
A Turquia está a enfrentar uma das eleições mais renhidas de anos recentes. O atual presidente com mais de 20 anos no poder, Recep Tayyip Erdogan está a enfrentar uma batalha pelo controlo do poder com o líder da oposição de 74 anos Kemal Kilicdaroglu.
Quando Matthew Yglesias, um colunista da Bloomberg, referiu a atitude de Musk em censurar o Twitter na Turquia, Musk ripostou:
“O cérebro caiu-te da cabeça, Yglesias? A escolha é ter o Twitter manietado no seu conjunto ou limitar o acesso a alguns tweets. O que preferes?”
Quando Elon Musk declarou interesse em comprar o Twitter, ele disse na altura que:
“Investi no Twitter porque acreditava no potencial de esta ser a plataforma da liberdade de expressão em todo o mundo, e eu acredito que a liberdade de expressão é um imperativo societal para que uma democracia funcione.”
Contudo, ele veio também dizer que a empresa cumpriria com as regras de cada nação, de acordo com a jurisdição onde venha a operar.
Não é por acaso que, depois da tomada de posse de Musk, o Twitter tenha passado a acatar variados pedidos de censura de governos mundiais. Um aumento de 30% face à anterior administração da empresa.
Entre as decisões mais controversas contam-se a decisão de censurar um documentário da BBC que era crítico para com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
Musk censura o Twitter na Turquia durante as eleições
É de referir que, além do Twitter, Musk também detém a SpaceX e é o proprietário maioritário da Tesla. A SpaceX ajudou a Turquia a lançar satélites e Musk e Erdogan estão em discussão sobre o fornecimento de recursos para baterias de lítio.
Musk enfrenta dilemas semelhantes na China, que é um dos países mais importantes para a Tesla. No início deste ano, aquele país admoestou Musk depois de ele ter feito um tweet acerca das informações vazadas do relatório do laboratório de Wuhan.
No que toca à censura na Turquia, vale a pena lembrar que Erdogan baniu o Twitter também por altura das eleições de 2014.
Aquela decisão de banir a rede social servia revertida posteriormente pelos tribunais do país, ainda que durante o bloqueio ao Twitter esta plataforma tenha encontrado uma estratégia de continuar a aceder e a colocar tweets por SMS.
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Musk elege Linda Yaccarino para comandar o Twitter
Musk tomou, entretanto, a decisão de contratar Linda Yaccarino, que era antes responsável dos anúncios na NBC Universal, para passar a comandar o Twitter. No ano passado, Musk disse que ele se demitiria de CEO da empresa quando encontrasse alguém “louco o suficiente” para aceitar o trabalho.
Foi nessa altura que as ações da Tesla caíram a pique em 65%, durante 2022, registando os seus piores resultados anuais de sempre. O que foi suscitado em parte pelas controvérsias em torno da aquisição do Twitter pelo Elon Musk.
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A decisão de Musk em abandonar o seu cargo de CEO do Twitter não teve muito impacto, e as ações fecharam abaixo das expectativas na sexta-feira, apesar do anúncio.
Entretanto, no mês passado, o co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, que tem vindo a apoiar a decisão de aquisição do Twitter por Elon Musk apesar do desagrado da administração, já o veio criticar. Ele disse que não é o “empregado certo” para a empresa de rede social.
Twitter enfrenta diversos processos legais
O Twitter tem estado numa situação de caos desde a entrada de Elon Musk. A empresa enfrenta diversos processos legais de proprietários de imobiliário, antigos empregados, e parceiros comerciais.
Também a decisão impopular de colocar em lay off e despedir 80% da sua força de trabalho contribuiu para o clima negativo da empresa. Mas as decisões negativas para a reputação da empresa não se ficaram por aqui. A mais recente iniciativa relaciona-se com o modelo de subscrição Twitter Blue, em que a empresa decidiu restaurar a validação azul para todas as celebridades.
Têm surgido vários relatos que indicam que o discurso ódio só tem aumentado no Twitter desde a entrada de Musk – ainda que ele já tenha vindo a negar esse facto.
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