O serviço da Amazon Prime Air vai revolucionar o mercado de entregas de encomendas, sendo o primeiro com entregas através de Drones nos EUA. Contudo, os seus drones ainda não cumprem com os objetivos definidos pela Administração de Aviação Federal norte-americana (FAA) para que isso possa ser já uma realidade.
De acordo com aquela agência governamental, os drones da Amazon devem antes completar 100 horas de voos de teste, sem qualquer incidente registado, antes de lhes ser dada autorização para os serviços de entregas.
Quando a agência federal der luz verde à iniciativa da Amazon, essa poderá ser uma boa altura para ver como comprar ações online em Portugal nesta empresa.
A longa caminhada para a liberdade
Desde a sua estreia em 2022 que o propósito único da Prime Air tem sido permitir a entrega de encomendas sem intervenção humana através de drones, cumprindo com prazos rápidos de 30 minutos entre saída do armazém e entrega na sua região. Contudo, a empresa tem vindo a lutar com problemas regulatórios antes de poder colocar esta solução em prática.
De acordo com uma decisão recente da Administração de Aviação Federal, os drones da Prime Air não podem voar por cima de pessoas, estradas ou estruturas quando façam as suas entregas. Para resolver esta questão, a divisão de drones do gigante da plataforma e-commerce deverá propor-se uma centena de horas de testes dos seus drones sem que haja qualquer incidente registado nesse processo.
O serviço de apoio ao cliente implementado a larga escala foi forçado a cortar nos seus planos que previam operações com drones já este ano.
De acordo com um vídeo lançado em janeiro, o direto do serviço de entregas com drones, David Carbon, anunciou que os voos de teste para o seu modelo MK27-2 já estavam a decorrer. E que 12 voos de teste já tinham registos bem-sucedidos.
Ainda que isto possa ser entusiasmante de saber, a durabilidade e testes da Amazon (D&R) já tinham começado antes das decisões da agência FAA em regular esta iniciativa daquela divisão.
A Amazon demonstrou-se disponível para avançar com os procedimentos de testes de drones e até agora fez testes em tempo real em dois mercados – um em Lockeford, Califórnia, e outro em College Station, no Texas. Nestas regiões, a Prime Air ainda não foi capaz de se lançar devido às restrições da FAA.
Dito isto, o serviço de entregas autónomas continuaria muito restringido nos seus testes, com apenas duas entregas registadas em alojamentos em Lockeford, a pouca distância dos armazéns da Amazon.
A moral dos empregados da empresa também tem vindo a decair continuamente ao longo dos últimos meses, muito devido ao anúncio de milhares de layoffs. A Amazon já despediu 18.000 trabalhadores de diversas áreas no seguimento da decisão do seu CEO Jeff Wilke em cortar custos operacionais.
Contudo, um representante da empresa veio a público reforçar a ideia do seu serviço de entregas autónomo. Também notou que iniciativas disruptivas como esta demoram algum tempo a serem implementadas, e que a empresa se mantém otimista de que cumprirá com todos os requisitos de desempenho da FAA. Disse mesmo que ainda este ano deverá avançar com os primeiros serviços de entregas com drones.
Os desastres do passado
A abordagem forte de FAA ao negócio da entrega de encomendas e-commerce não é nova.
Na verdade, antes do lançamento da MK 27-2, a Prime Air já tinha feito voar os MK 27, que anteriormente não cumpram com as condições de segurança definidas pela agência federal. Isso levou naquela altura a excluir o serviço de entregas e em que esteve envolvido o diretor de segurança da agência Sean Cassidy.
Naquela altura, Cassidy tinha estado envolvido no processo da FAA e tentou fazer aprovar o serviço de drones. Porém, a agência manteve a sua posição de não avançar com a luz verde dado o falhanço em parâmetros de durabilidade e confiança do serviço.
Ainda que o MK 27-2 possa ser o próximo grande objetivo para a empresa, ela já olha um pouco mais além. Num evento privado que decorreu em novembro passado em Boston, a empresa revelou um novo drone chamado MK 30, ou CX-3.
A maior diferença entre este e o MK 27-2 que se propõe entrar em ação inclui um voo menos ruidoso e menos densidade de massa no aparelho.
O negócio de entregas com drones é altamente competitivo, com várias empresas a tentarem estas entregas por ar para melhorar drasticamente a sua eficiência.
Com problemas logísticos sérios a afetarem o setor devido à guerra Rússia-Ucrânia, muitas empresas agora ponderam entregas por drones para contornar estes obstáculos.
De acordo com um relatório global de mercados sobre os drones, a indústria foi capaz de captar $4.12 biliões de capitalização numa avaliação feita no último ano. O espaço aéreo não-tripulado por mão humana irá expandir num crescimento anual de 13,3% entre hoje e 2030.
Dado isto, a Amazon está-se a focar em ser uma das empresas referência neste nicho de mercado, e poderá mesmo revolucionar o seu negócio, pretendendo ainda este ano completar 10.000 entregas através deste sistema em testes.
Se se quiser preparar para investir na Amazon no momento em que o seu serviço de entregas for aprovado, não deixe ainda de consultar como fazer day trade em Portugal.