A MindGeek, a proprietária de vários sites de entretenimento para adultos, incluindo o mundialmente famoso Pornhub, Brazzers e Redtube, foi comprada por uma empresa canadiana de capital privado, a Ethical Capital Partners (ECP).
A ECP foi fundada no ano passo, e os detalhes sobre este novo negócio ainda não são conhecidos.
Um início de vida novo para a gigante do porn
A Ethical Capital Partners (ECP) anunciou a sua recente aquisição da MindGeek, uma empresa tecnológica e de média que detém um portfólio considerável de plataformas do mundo do entretenimento para adultos. Essas plataformas incluem o Pornhub, Brazzers, Men.com, Sean Cody, YouPorn, Trans Angels e a Nutaku.
A ECP é uma empresa de capital privado gerida por uma equipa multidisciplinar com experiência em regulação, auditorias legais, participação pública e finanças.
A MindGeek é uma empresa digital inovadora que detém alguns dos websites de entretenimento para adultos mais conhecidos. Ela tem na sua posse uma das bibliotecas mais recheadas de conteúdos adultos atualmente disponíveis online, aplicando tecnologias e portais para navegação fácil entre estes conteúdos, e reunindo também alguns dos prémios e reconhecimento do público mais importantes no mundo dos conteúdos para adultos. Tudo nas suas plataformas MindGeek.
As plataformas de MindGeek estão um passo à frente no que toca à utilização de protocolos e regulação de Confiança e Segurança, com moderação de conteúdos e um foco no apoio às suas comunidades de utilizadores e à liberdade de expressão.
Além de implementar estes métodos de regulação, que se aplicam a todas as suas plataformas de conteúdos atualmente disponíveis, a MindGeek também se dedica a estimular a criação de conteúdos para adultos, sempre com processos claros, transparentes, onde consentimento, a confiança e a segurança são centrais.
Com a entrada da ECP neste negócio, a empresa continuará a estudar e a adotar práticas de segurança online eficazes e que seguem os mais elevados padrões do momento. Isto para manter a sua posição como líder global em confiança e segurança, e para manter as suas plataformas tão inclusivas e com ambientes sex-positive para os seus utilizadores adultos.
O interesse da ECP na MindGeek surge da confiança no futuro da empresa
Os parceiros e conselheiros da ECP querem garantir que as plataformas da MindGeet estarão na liderança de tudo o que signifique inovação, confiança e segurança na internet. Isto enquanto mantém os seus propósitos de sempre, de ser uma referência para criadores de conteúdos como chat adulto, sugar daddy sites, os performers e os artistas que trabalham com o corpo, celebrando tudo o que seja expressão criativa e sexual.
Além disto, a ECP acredita que a internet deve ser um lugar seguro para todos, onde as crianças estejam protegidas, onde haja segurança para imagens íntimas que não devem ser partilhadas, onde a autodeterminação digital seja tida como central na internet. Por isso, a MindGeek deverá liderar também o movimento para combater conteúdos ilícitos na internet.
Além do mais, a ECP irá posicionar-se de acordo com os princípios das MindGeek e investir em mais fornecedores de conteúdos de qualidade, em sistemas de segurança e em interação com as suas audiências. A compra pela ECP vem numa altura em que vários anos fiscais complicados têm abalado a estrutura da gigante dos conteúdos para adultos. Em junho de 2022, o CEO da MindGeek Feras Antoon e o seu COO David Tassilo deixaram mesmo a empresa.
À parte isso, a empresa tem lidado com vários processos em tribunal. Isto inclui denúncias de tráfico humano sexual e a alegação de que tem lucrado ilegalmente com material de abuso de menores.
No processo litigioso que continua a decorrer, é dito que a MindGeek, Visa e outras entidades relacionadas à empresa violaram várias regras. Isso inclui a Lei da Concorrência Desleal da Califórnia e o Ato de Reautorização para a Proteção de Vítimas de Tráfico.
As alegações são baseadas nos conteúdos pornográficos que surgem amiúde nas plataformas, e de acordo com declarações de utilizadores que publicam estes conteúdos livremente no PornHub. Apesar de saber que por vezes tem conteúdos ilegais nas suas plataformas, o PornHub alega que os seus sistemas de moderação podem levar semanas até os detetar e eliminar.
Isto permite, entre outras ações, fazer o download e o re-upload destes vídeos inúmeras vezes, gerando dinheiro e lucro com os anunciantes.
Sistemas de regulação como a SESTA e a FOSTA que estão em vigor nos Estados Unidos representam um risco sério para a MindGeek e para a indústria do porn na internet como um todo. A legislação foi criada com uma exceção, na sua Secção 230, que prevê a responsabilidade das plataformas online quando se demonstre que elas apoiam prostituição e tráfico humano, e é por isso que os procuradores do processo judicial têm vindo a trabalhar no caso legal contra o PornHub.
Hoje, empresas de pagamentos e de cartões de crédito como o Paypal, Mastercard, Visa e Discover já não têm parcerias com sites como o PornHub.
Em dezembro de 2020, a plataforma removeu todos os conteúdos não verificados, e qualquer pessoa que surja num vídeo da plataforma deverá provar a sua identidade. Plataformas como o OnlyFans estão agora a aderir a padrões semelhantes como medida defensiva contra conteúdos não consensuais.