Por muito que se tente evitar, a realidade é que a inteligência artificial já está presente em quase todas as áreas da vida. Isto ao ponto de já estar a transformar fundamentalmente os estudos e a vida universitária. Desde plataformas de aprendizagem personalizadas, que adaptam o material de aprendizagem ao progresso individual, até sistemas inteligentes que analisam dados de investigação. Ou até mesmo ferramentas que tornam a vida universitária quotidiana mais eficiente, praticamente tudo é concebível.
De tal forma que as tecnologias de IA abrem agora novas possibilidades para uma aprendizagem personalizada e mais eficiente. Na melhor das hipóteses, estas não só facilitam o acesso ao conhecimento, mas também promovem discussões mais profundas e interativas. Assim, como esta “revolução” irá impactar a estrutura das Universidade e a forma como os estudantes vão aprender e usar o seu conhecimento no futuro?
Novos estudos comprovam maior influência de IA nas universidades
Um novo estudo da EY mostra agora que a maioria dos estudantes na Europa já utiliza inteligência artificial e acredita que a tecnologia disruptiva tem um grande potencial positivo. Ao mesmo tempo, muitos jovens parecem abertos à tecnologia. Porém, qual será o impacto para todas as instituições educacionais europeias?
É importante notar que o mesmo estudo declara que os estudantes da Europa do Norte estão claramente no caminho da IA. Ou seja, uma esmagadora maioria – 86% – já depende os seus trabalhos de programas baseados em IA. Ainda, mais de metade (51 por cento) dos futuros académicos utilizam regularmente estas tecnologias. Sendo que os homens (61 por cento) o fazem com mais frequência do que as mulheres (47 por cento).
Além disso, uma tendência interessante pode ser observada entre os estudantes de alto desempenho: aqueles que classificam o seu próprio desempenho académico como “acima da média” (61 por cento) ou mesmo como “excelente” (70 por cento) usam ferramentas de IA com mais frequência. Isto em comparação com os estudantes que se julgam menos bons.
Conhecimento de IA como qualificação é fundamental para mercado de trabalho?
Vale a pena notar que esse estudo avança que 26% dos estudantes, nessa região da Europa, já consideram o conhecimento de inteligência artificial essencial para iniciar uma carreira. Enquanto 55% acreditam que este será o caso num futuro próximo. Em particular, os estudantes de economia (42%) e de engenharia ou ciências da computação (33%) já atribuem grande importância ao conhecimento da IA. Em comparação com 24% dos estudantes de medicina. No entanto, a tendência é clara: a IA está a tornar-se uma ferramenta essencial.
Finalmente, os resultados também demonstram que os estudantes do sexo masculino (51 por cento) são da opinião de que a IA desempenhará um papel mais importante na sua vida profissional quotidiana do que as estudantes do sexo feminino (39 por cento). Porém, estas estatísticas poderão rapidamente mudar. Até porque, como se tem comprovado em outros setores de atividades, os profissionais e empresas que estão para trás nesta adoção de IA, estão a perder terreno para os seus competidores mais bem preparados.
Investigação e redação – Como as ferramentas de IA já são populares?
Para que se tenha uma ideia, mais de metade dos estudantes (58%) já utilizam aplicações baseadas em IA para investigação ou para encontrarem inspiração. Enquanto um bom terço (36%) utiliza esses programas para esclarecer questões de compreensão. Ainda, cerca de um quarto utiliza IA para escrever textos ou recolher dados (26% cada) e para analisar textos de assuntos específicos (25%).
Para além disso, 5% dos estudantes utilizam ferramentas de IA para organizarem a sua vida diária de estudo. Embora ainda pareça haver espaço para melhorias aqui, a inteligência artificial está firmemente ancorada na vida universitária quotidiana.
Quais as ferramentas mais usadas pelos estudantes?
Até ao momento, a ChatGPT está a provar ser a ferramenta de IA mais popular entre os estudantes, com 70% dos entrevistados usando-a regularmente, seguido pelo DeepL (35%) e pelo Google Bard (15%). Na verdade, os estudantes de engenharia e ciências da computação em particular (68%) recorrem frequentemente à IA, enquanto isto só se aplica a 31% dos estudantes de direito, por exemplo.
Haverá apelo claro à inteligência artificial pelas universidades?
Em forma de conclusão, o estudo da EY revela aqui um voto claro entre os estudantes a favor da inteligência artificial. De facto, uma maioria convincente de 84 por cento apoia a utilização da IA em áreas académicas. Por outro lado, apenas 16 por cento rejeitam isto, visto que os alunos entrevistados também estão otimistas quanto ao papel da IA no seu futuro profissional.
Além de tudo isto, quase dois terços (65%) esperam que a IA tenha um impacto positivo nas suas carreiras. Isto pode acontecer através dos seguintes elementos:
- Aumento da eficiência
- Redução de erros
- Melhoria do equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Na verdade, apenas uma minoria de 14 por cento prevê consequências negativas da integração da IA na vida profissional. Além disso, 21 por cento dos inquiridos consideram a IA irrelevante para a sua futura carreira profissional.
Como esta adoção de IA dos estudantes irá impactar o mercado?
Percebe-se que a atitude positiva dos estudantes da Europa do Nore, em relação à inteligência, artificial oferece às empresas a esperança de uma força de trabalho futura aberta às inovações tecnológicas. Ora, tal indica uma vontade crescente de adaptar processos apoiados pela IA, o que poderia promover significativamente a eficiência, a produtividade e a competitividade das empresas nacionais.
Como consequência, o analista responsável da EY também vê muito potencial para as empresas nacionais, se os funcionários mais velhos e os recém-chegados inovadores perceberem o potencial de sinergia:
“A inteligência artificial e as suas possíveis aplicações já estão a mudar significativamente o mercado de trabalho. Mais poderoso do que qualquer tecnologia anterior! Este é um desenvolvimento que continuará a aumentar em velocidade e importância. Já estamos a observar os processos de transformação que estão a ser desencadeados pela IA. Isto torna ainda mais importante que as empresas atraiam funcionários para os quais a IA não é desconhecida. Mas sim um ajudante cujas possíveis aplicações já conhecem. Se a inovação da atual geração de estudantes for combinada com a experiência dos funcionários mais antigos, isso poderá ter um efeito muito positivo.”, garantiu este responsável pelo Estudo analisado.
Acesso mobile a IA também acelera todo o processo
De salientar que analistas do Morgan Stanley começam por prever que os avanços na inteligência artificial criarão uma mudança significativa na tecnologia informática, transferindo o centro de dados da cloud, diretamente para as mãos dos consumidores. Este desenvolvimento, que afeta smartphones, notebooks, tecnologias wearable e muito mais, poderá criar uma nova recuperação no mercado de smartphones nos próximos dois anos, revertendo as quedas observadas desde 2021.
Os consumidores podem, portanto, esperar uma série de funções inovadoras que poderão mudar fundamentalmente a experiência do utilizador. Isso inclui a capacidade de controlar o smartphone sem toque, desfrutar de jogos com qualidade de desktop e editar fotos em tempo real. Claro, poder também fazer todo o tipo de atividades universitárias.
Aliás, estes desenvolvimentos refletem não apenas os avanços tecnológicos, mas também a forma como a inteligência artificial está a ajudar a redefinir a interação homem-máquina. O smartphone poderá parecer completamente diferente nos próximos anos.
Inteligência artificial e smartphone: o hardware está a mudar
Atualmente, os smartphones existentes no mercado são baseados principalmente em processadores tradicionais e computação em nuvem. Isto sendo a inteligência artificial utilizada apenas em funções como reconhecimento facial, assistência de voz e fotografia em pouca luz. Contudo, de acordo com analistas do Morgan Stanley, o mercado de smartphones está agora preparado para uma mudança significativa, liderada pelo uso de IA de ponta. Isto significa que as remessas de smartphones, que têm diminuído desde 2021, deverão aumentar 3,9% este ano e 4,4% no próximo ano.
Em suma, espera-se que este desenvolvimento permita a introdução de sistemas operativos que suportem capacidades generativas de IA. Isto bem como o lançamento de dispositivos de próxima geração e assistentes de voz que poderão estimular um novo ciclo de atualizações de smartphones. O smartphone está a mudar, também muito provocado pelas maiores exigências das novas gerações.
Portanto, tais exigências impõem novas exigências aos smartphones. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de melhorar a vida útil da bateria, o consumo de energia, a velocidade de processamento e a memória. Tudo para que a IA possa estar o mais acessível possível para as novas gerações. Quanto mais cedo for o contacto, melhores resultados com IA poderão ser obtidos.