Se a inteligência artificial já começa a ser um termo ouvido e debatido com regularidade no nosso dia-a-dia, a realidade é que muitas outras tecnologias já estão a ser testadas e com igual impacto futuro na nossa vida. Assim, fará todo o sentido que possamos detalhar quais poderão ser algumas dessas tecnologias mais populares. Sabendo que, logo à partida, todas estas são projeções realizadas por estudos e especialistas do mercado. Até porque, nem mesmo o IA ou ChatGPT têm a capacidade de prever o futuro.
Dessa forma, até para que se possa “preparar” da melhor forma possível, estas deverão ser as tecnologias mais marcantes dos próximos anos. Isto tendo ainda em consideração o investimento já projetado e anunciado de gigante “tech”, como Meta, Amazon ou Tesla:
Óculos VR para gaming e comunicação
Sem dúvida alguma que uma das tecnologias mais marcantes do próximo ano passará pelos óculos VR ou diferentes variantes disso mesmo. Numa fase em que a Meta (Facebook) anunciou que irá investir cada vez mais nesse conceito “realidade aumentada”, os setores de gaming e até da forma como comunicamos, deverão ser mais impactadas.
Aliás, bastará rever a apresentação do Google Glass para se compreender como esta tecnologia acabará por dar uma diferente perspetiva ao que está a fazer. Já imaginou o que seria estar a olhar para um café e saber de imediato as suas horas de atendimento? Ou até mesmo olhar para um Monumento da sua cidade e ter logo a informação para conhecer a sua rica história? Tudo isto poderá rapidamente marcar o nosso futuro, sendo projetada como uma das ferramentas com maior potencial de adoção dos próximos anos.
Tecnologia vestível para aumento da qualidade vida
Já imaginou o que seria comprar os fones de ouvido que, em pouco segundos, indicavam-lhe os seus batimentos cardíacos, temperatura corporal ou até mesmo pulsação? De novo, várias empresas de grande dimensão já começam a avançar com protótipos dessa natureza, como forma de usar a tecnologia para o bem da sua saúde, mas muito mais.
Portanto, mais do que separar a inteligência artificial e a máquina ao Homem, esta poderá ter uma tecnologia de aproximação. Ao ponto de que diferentes especialistas consideram que será uma questão de tempo até que essa tecnologia, exponencialmente mais capaz que os humanos, possam ser o “melhor amigo” na deteção e prevenção de doenças. Isto ao ponto de muitos considerarem que o real impacto desta próxima década, face ao crescimento tecnológico, estará realmente na área da saúde. Poder juntar o conhecimento de diversas áreas e conseguir tirar conclusões rapidamente, é um valor incalculável que futuras tecnologias IA poderão entregar.
Casas conectadas com a tecnologia das coisas
Apesar de este já ser um termo bastante aplicado, a realidade é que, num futuro próximo, acredita-se que as próprias empresas de eletrodomésticos irão apostar mais na “tecnologia das coisas”. Ou seja, através de ordens de voz ou até mesmo com alguns cliques do seu telemóvel, já poderá acionar a máquina de lavar ou loiça. Mas também agendar a temperatura do seu forno ou até programar o seu aquecimento só para determinadas horas, tirando o máximo partido do mesmo.
Assim, rapidamente percebe-se que a adoção deste tipo de tecnologias não só irá contribuir para uma maior qualidade e automatização da sua vida, como também poderão levar a poupanças de energias e maior facilidade na gestão de tarefas. Não é assim surpresa que, com cada vez maior regularidade, os rumores acerca de robôs domésticos também já se estejam a multiplicar. Portanto, será uma questão de tempo até que possamos ter uma tecnologia que nos substitua em muitas tarefas chatas e repetitivas domésticas.
IA poderá revolucionar a investigação criminal e de deteção de doenças
De facto, a genómica da próxima geração combina a ciência usada para gerar imagens de pares de bases de nucleotídeos (as unidades que compõem o DNA) com capacidades computacionais e analíticas de rápido avanço. À medida que aumenta a nossa compreensão da composição genómica dos seres humanos, aumenta também a capacidade de manipular genes e melhorar diagnósticos e tratamentos de saúde.
Portanto, a genómica da próxima geração oferecerá avanços semelhantes na nossa compreensão de plantas e animais, criando potencialmente oportunidades para melhorar o desempenho da agricultura e para criar substâncias de alto valor – por exemplo, etanol e biodiesel – a partir de organismos comuns, como a bactéria E. coli. De novo, com o IA, é natural que esse conhecimento rapidamente seja colocado em uso, sem necessidade de se juntar diferentes profissionais de áreas distintas. Logo, os resultados pretendidos poderão ser obtidos com maior rapidez e eficiência, algo que poderá exponenciar muito a qualidade da saúde de toda a população.
Robôs que nos vão substituir no futuro
Isto é robôs ou ferramentas robóticas cada vez mais capazes, com “sentidos”, destreza e inteligência IA aprimorados. Ou seja, estes podem assumir tarefas que antes eram consideradas delicadas ou antieconómicas demais para serem automatizadas. Assim, estas tecnologias também podem gerar benefícios sociais significativos, incluindo sistemas cirúrgicos robóticos que tornam os procedimentos menos invasivos, bem como próteses robóticas e “exoesqueletos” que restauram funções de amputados e idosos.
Estima-se ainda que os gastos em investigação poderão ser reduzidos e os resultados obtidos com maior rapidez. Somando a isso, diferentes empresas já fazem questão de avançarem com “braços” cirúrgicos. Estas que coordenam por completo uma operação, tentando diminuir ao máximo o risco dessas mesmas operações.
Existem riscos não estudados após essa implementação de tecnologias?
Tal como aconteceu por diversas vezes no nosso passado – como exemplo a revolução industrial – as invenções humanas têm o propósito de exponenciar a qualidade da vida das suas comunidades. Assim, tal como se percebe por estas tecnologias emergentes e de enorme potencial de adoção, o objetivo acaba por ser o mesmo. Restará agora determinar como os próprios humanos vão-se adaptar aos avanços exponenciais destas tecnologias IA. Até porque muitas destas já atingiram um nível que nem os seus próprios criadores conseguem explicar. De tal forma que o seu potencial é incalculável, bem como o seu impacto para os diferentes elementos das nossas vidas.