A internet e a indústria do marketing estão a produzir uma nova sensação na web, os animais influencers. Estes animais queridos têm imensos seguidores nas redes sociais e produzem vendas em massa para diversas marcadas recomendadas. Com o crescimento de várias comunidades nas redes sociais, esta estratégia de marketing de usar animais para vender produtos e ideias é já uma tendência.
Um desses animais influencers chama-se Swaggy Wolfdog, um cão husky com 75 milhões de seguidores no TikTok e cujo é dono é um músico chamado Swagman. De acordo com o Guardian, estes animais podem fazer mais de 100.000 euros (aproximadamente) por ano em iniciativas de modelos, anúncios e parcerias comerciais.
Meet Hugo and Huxley, the ‘pet influencers’ making £100k a year https://t.co/Q7s8iWyp3S
— MediaHound (@MediaHound89) January 22, 2023
Ainda que seja razoável para influencers humanos registarem LLCs e preparem os seus impostos de acordo com os ganhos na internet, isso ainda não é muito comum no caso de cães e outros animais. Contudo, o Swagman já tem uma LLC estabelecida e Swaggy mantém o registo de todas as despesas do seu cão para abatimento no IRS, desde a comida até às roupas que ele usa. Uma vez que preencher a declaração de impostos pode ser um processo extenuante, o mesmo é de esperar para os novos pagadores de impostos – os cães influencers.
Por este motivo abriu em 2015 a The Dog Agency, fundada por Loni Edwards uma licenciada na Harvard Law School – o objetivo é ajudar animais influencers a gerir os seus impostos e a declará-los às finanças. Edwards viu uma oportunidade de negócio surgir quando o seu bulldog francês Chloe se tornou também um animal influencer, tornando-se especialista em impostos neste domínio e dando conselhos a outros donos de animais em eventos de comunicação.
A The Dog Agency é hoje em dia uma das mais relevantes agências de talentos para influencers de animais, muito graças à abordagem de Edwards e aos impostos caninos que são cuidadosamente explicados aos seus clientes.
Com base nesta nova tendência, projetos como Tamadoge ou Dogecoin poderão vir a ganhar tração no mercado cripto.
A ciência de pagar impostos por animais influencers
De acordo com Edwards, a melhor coisa que podemos fazer quando abrimos um negócio pequeno é consultar um contabilista certificado porque há vários aspetos legais que nos poderão falhar. No que respeita aos animais influencers, Edwards dá também aconselhamento especializado, por exemplo nos custos válidos para abatimento no IRS.
“Se tiver um carro e o usar cinco dias numa semana, poderá indicar isso como uma despesa de trabalho. O mesmo se passa com a comida dos cães. Se o nosso animal cria conteúdos e gera rendimentos durante uma boa porção de tempo, então poderá abater despesas até 50%”, refere Edwards.
Edwards explica que o processo se torna mais fácil se comprar produtos exclusivos para a utilização dos nossos animais. Por exemplo, se comprar rouba para vestir o husky num fato de Halloween ou carnaval para o TikTok, então essa roupa de cão poderá contar para abatimento no IRS.
Um caso semelhante aplica-se aos artigos de escritório. Ainda que um cão possa não fazer trabalho de escritório, o seu dono precisa de espaço para filmagens e edição de conteúdo, assim como de armazenar recursos para o seu cão. Assim, há uma dedução de até $1.500 que é possível fazer para artigos de escritório deste género, de acordo com as regras do IRS.
Ao contrário de Swaggy, nem todos os animais precisam de concluir processos de registo como o LLC: Na verdade, a maior parte dos animais influenciadores não precisam de se preocupar com nada até que façam um volume de negócios acima de $100.000 por ano, explica Colleen Wilson, o proprietário da agência Pets on Q. Ela refere que em cada 2.000 casos que recebe na agência, provavelmente só 10 é que fazem LLCs.
Ainda que a maior parte dos criadores façam LLCs para proteção legal, Wilson refere que não oferece proteção a esse nível para animais porque abre portas à possibilidade de processos legais. Assim, ela refere um via mais simples que começa por definir o negócio onde o cão ou animal está envolvido.
Ainda que possa soar estranho, a Pets on Q ajuda os donos de animais a calcularem o valor intrínseco do seu animal. Baseado na abordagem de Wilson, o preço para publicações patrocinadas pode ter custos mais reduzidos em 1/3, já que tipicamente são gerados retornos mais baixos sobre o investimento para campanhas de marcas com cães do que com humanos.
Ainda que os animais influencers não gerem tantas vendas, o seu carisma pode ser uma grande vantagem. Wilson diz que, “as pessoas não vão denunciar esses conteúdos da mesma forma que o fariam com uma Kardashian”.
Contudo, os animais influencers têm os seus desafios, por exemplo o facto de a sua longevidade ser mais reduzida, o que faz com que a morte de um animal seja devastador emocionalmente mas também arriscado para o negócio. Isto não vai parar ainda assim os novos negócios lucrativos do pet influencing.
Veja como comprar criptomoedas sem comissões em Portugal e aproveitar as iniciativas com memecoins.