A Google atualizou o seu chatbot generativo de Inteligência Artificial (IA), o Bard, de forma a ajudar os utilizadores a escreverem código e a desenvolverem aplicações para se tornar mais competitivo na corrida pela IA. Esta iniciativa fez com que a Google se tenha posicionado de forma a apanhar o ChatGPT da OpenAI no seu plano de inovação, sendo já capaz de gerar código em tempo real.
Bard é capaz de gerar código
Em fevereiro passado, a Google lançou o Bard e tornou pública a sua posição dentro da Inteligência Artificial. Desde então que a Google tem trabalhado para melhorar o seu chatbot e ganhar terreno face à competição do ChatGPT, que tomou o mundo de assalto quando foi lançado em novembro do ano passado.
Poucas semanas depois, o Bard já é capaz de gerar código pelos seus utilizadores e de criar software. Numa declaração recente, Paige Bailey, o gestor de produto do grupo na Google Research, disse: “Hoje estamos a atualizar o Bard para ter a capacidade de ajudar as pessoas na programação e em tarefas de desenvolvimento de software, incluindo a geração de código, debugging de código e explicações”.
Now Bard can help you code. We’re updating Bard to help with code generation, code debugging and code explanation, across 20 different programming languages. You can also easily export Python code to Google Colab — no copy and paste required. https://t.co/VM0zsEyk01
— Google (@Google) April 21, 2023
Definido pela Google como uma experiência, o Bard será capaz de ajudar programadores a gerarem, fazerem debug e explicar código em 20 linguagens de programação diferentes, que inclui o C++, Go, Java, Javascript, Python, Typescript e até bases de dados de SQL. E é de notar que este setor poderá ainda impactar o trading em plataformas de criptomoedas, existindo já produtos de IA em Robô traders como o Bitcoin 360 AI.
Além de poder gerar código, o Bard consegue ajudar os utilizadores a compreenderem o que faz pedaços de código, ao produzir documentação e tutoriais para essas partes. Isto pode ser especialmente útil para utilizadores que começaram agora a aprender a programar, ou para aqueles que precisam de apoio extra para compreender o que faz determinado bloco de código.
Além disso, o chatbot é capaz de traduzir código de uma linguagem de programação para outra. Ao gerar código em Python, consegue também exportar esses dados para a Google Colab sem precisar de processos de copy and paste. O Bard também será capaz de gerar funções que podem ser usadas no Google Sheets.
Bailey acrescentou o seguinte:
“O Bard também poderá ajudar no debug de código, e até em código escrito pelo Bard. Se o Bard apresentar uma mensagem de erro ou código que não faz o que era suposto, basta dizer ao Bard ‘este código não funciona, por favor corrige-o’, e o Bard será capaz de fazer o Debug.”
Apesar destes avanços, a Google deixa o aviso de que o seu chatbot está ainda em fase experimental e poderá não funcionar da forma mais precisa, correta, ou com informação verdadeira, ainda que as expectativas sejam elevadas. “No que toca à produção de Código, o Bard poderá gerar código funcional que não produz o output esperado, ou então fornecer código que não é ainda ótimo ou que está incompleto. É recomendável verificar duas vezes as respostas do Bard e testar cuidadosamente o código por erros, bugs e vulnerabilidades em vez de confiar nele à partida”, disse Bailey.
A corrida pela IA continua
O lançamento do ChatGPT pela OpenAI no ano passado fez acordar a competição aguerrida entre gigantes tecnológicas pela dominância no campo da IA. Pouco depois, a Microsoft já fazia investimentos avultados na OpenAI, o que permitiu que o ChatGPT e outros modelos de IA viessem a ser desenvolvidos como um pacote de produtos da startup. Isto permitiu a integração do ChatGPT no Bing da Microsoft e também o florescimento de IA entre utilizadores através de experiência no browser.
Para rivalizar com estes esforços, a Google avançou com o lançamento de Bard que foi conduzida pelo modelo próprio da empresa, a Language Modelo for Dialogue Applications (LAMDA). O Bard foi publicamente lançado e tornado acessível no Reino Unido e Estados Unidos, numa altura em que a empresa continua a recolher dados e feedback para aperfeiçoar o seu modelo.
Muitas outras empresas continuam a lançar chatbots de forma a manterem-se em contacto com as necessidades correntes do mercado tecnológico. Muitas outras como a Atlassian integraram a IA de vários modos nos seus produtos e serviços.
Independentemente disso, estas empresas estão a tentar chegar ao paradigma iniciado por ChatGPT e oferecer também algumas das suas funcionalidades, como a geração de código. Muitas novidades neste campo irão ainda ser anunciadas no futuro próximo.
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