Google Bard
A Google atualizou o seu chatbot generativo de Inteligência Artificial (IA), o Bard, de forma a ajudar os utilizadores a escreverem código e a desenvolverem aplicações para se tornar mais competitivo na corrida pela IA. Esta iniciativa fez com que a Google se tenha posicionado de forma a apanhar o ChatGPT da OpenAI no seu plano de inovação, sendo já capaz de gerar código em tempo real.

Bard é capaz de gerar código

Em fevereiro passado, a Google lançou o Bard e tornou pública a sua posição dentro da Inteligência Artificial. Desde então que a Google tem trabalhado para melhorar o seu chatbot e ganhar terreno face à competição do ChatGPT, que tomou o mundo de assalto quando foi lançado em novembro do ano passado.

Poucas semanas depois, o Bard já é capaz de gerar código pelos seus utilizadores e de criar software. Numa declaração recente, Paige Bailey, o gestor de produto do grupo na Google Research, disse: “Hoje estamos a atualizar o Bard para ter a capacidade de ajudar as pessoas na programação e em tarefas de desenvolvimento de software, incluindo a geração de código, debugging de código e explicações”.

Definido pela Google como uma experiência, o Bard será capaz de ajudar programadores a gerarem, fazerem debug e explicar código em 20 linguagens de programação diferentes, que inclui o C++, Go, Java, Javascript, Python, Typescript e até bases de dados de SQL. E é de notar que este setor poderá ainda impactar o trading em plataformas de criptomoedas, existindo já produtos de IA em Robô traders como o Bitcoin 360 AI.

Além de poder gerar código, o Bard consegue ajudar os utilizadores a compreenderem o que faz pedaços de código, ao produzir documentação e tutoriais para essas partes. Isto pode ser especialmente útil para utilizadores que começaram agora a aprender a programar, ou para aqueles que precisam de apoio extra para compreender o que faz determinado bloco de código.

Além disso, o chatbot é capaz de traduzir código de uma linguagem de programação para outra. Ao gerar código em Python, consegue também exportar esses dados para a Google Colab sem precisar de processos de copy and paste. O Bard também será capaz de gerar funções que podem ser usadas no Google Sheets.

Bailey acrescentou o seguinte:

“O Bard também poderá ajudar no debug de código, e até em código escrito pelo Bard. Se o Bard apresentar uma mensagem de erro ou código que não faz o que era suposto, basta dizer ao Bard ‘este código não funciona, por favor corrige-o’, e o Bard será capaz de fazer o Debug.”

Apesar destes avanços, a Google deixa o aviso de que o seu chatbot está ainda em fase experimental e poderá não funcionar da forma mais precisa, correta, ou com informação verdadeira, ainda que as expectativas sejam elevadas. “No que toca à produção de Código, o Bard poderá gerar código funcional que não produz o output esperado, ou então fornecer código que não é ainda ótimo ou que está incompleto. É recomendável verificar duas vezes as respostas do Bard e testar cuidadosamente o código por erros, bugs e vulnerabilidades em vez de confiar nele à partida”, disse Bailey.

A corrida pela IA continua

O lançamento do ChatGPT pela OpenAI no ano passado fez acordar a competição aguerrida entre gigantes tecnológicas pela dominância no campo da IA. Pouco depois, a Microsoft já fazia investimentos avultados na OpenAI, o que permitiu que o ChatGPT e outros modelos de IA viessem a ser desenvolvidos como um pacote de produtos da startup. Isto permitiu a integração do ChatGPT no Bing da Microsoft e também o florescimento de IA entre utilizadores através de experiência no browser.

Para rivalizar com estes esforços, a Google avançou com o lançamento de Bard que foi conduzida pelo modelo próprio da empresa, a Language Modelo for Dialogue Applications (LAMDA). O Bard foi publicamente lançado e tornado acessível no Reino Unido e Estados Unidos, numa altura em que a empresa continua a recolher dados e feedback para aperfeiçoar o seu modelo.

Muitas outras empresas continuam a lançar chatbots de forma a manterem-se em contacto com as necessidades correntes do mercado tecnológico. Muitas outras como a Atlassian integraram a IA de vários modos nos seus produtos e serviços.

Independentemente disso, estas empresas estão a tentar chegar ao paradigma iniciado por ChatGPT e oferecer também algumas das suas funcionalidades, como a geração de código. Muitas novidades neste campo irão ainda ser anunciadas no futuro próximo.

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