Numa iniciativa estratégia que quase parece um movimento intrincado num jogo de xadrez, a Meta, a empresa-mãe do Facebook, deu garantias significativas aos reguladores antitrust no Reino Unido, antecipando-se a nova regulação.
Esta iniciativa calculada quer aliviar preocupações em torno do potencial de utilização abusiva de dados de anunciantes para ganhar vantagens no mercado.
Desinvestimento de Meta na Giphy
Este desenvolvimento está alinhado com o anúncio recente da Meta em vender a Giphy, a popular plataforma de GIF. Adquirida a apenas três anos por um valor incrível de $400 milhões, a Giphy encontrou agora um novo comprador a um preço substancialmente mais reduzido de $53 milhões.
A venda é o resultado de uma ordem de desinvestimento colocada pela Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA) em outubro do ano passado. Esta série de acontecimentos segue as intervenções da CMA, que impediram o plano ambicioso de aquisição da Activision por parte da Microsoft avaliada em $68.7 biliões.
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Preocupação no tratamento de dados
No centro de tudo está a preocupação no tipo de utilização que a Meta faz dos dados recolhidos da sua rede social, para tomar decisões estratégicas no que respeita ao Marketplace do Facebook. Desde o seu lançamento em 2016, este serviço de classificados online revolucionou a experiência de compra e venda de produtos para utilizadores do Facebook.
A Autoridade da Concorrência e dos Mercados argumenta que a capacidade da Meta em extrair dados valiosos sobre as preferências e interações dos utilizadores com anúncios online dá ao Facebook uma vantagem injusta.
A preocupação principal tem a ver com a Meta poder priorizar e mostrar items mais relevantes nos seus feeds do Marketplace, tornando-se menos apelativa a outros anunciantes da plataforma.
Investigações e resposta da Meta
Em junho de 2021, tanto a Comissão Europeia como a Autoridade da Concorrência e dos Mercados lançaram investigações independentes, mas coordenadas sobre as práticas da Meta. A CMA avançou de forma mais decisiva com as investigações formais e, quatro meses depois, a EC também se juntou a estes esforços.
Contudo, parece haver uma alteração nesta situação, já que a CMA parece agora preparada para fechar a investigação após receber estes compromissos específicos da Meta. Os progressos feitos na investigação indicam que há uma resolução potencial no horizonte.
Estes compromissos da Meta incluem a oferta para anunciantes no que respeita às opções de excluírem dados de serem usados para melhorar o desempenho do Facebook Marketplace. A Meta quer cumprir com a promessa de implementar “novos sistemas técnicos”.
Além disso, a Meta comprometeu-se em fornecer mais formação à sua equipa de modo a garantir que se abstêm de utilizar dados dos anunciantes quando desenvolvem novos produtos que possam competir diretamente com anunciantes, particularmente no mercado britânico.
Esta iniciativa demonstra a dedicação da Meta em manter uma competição justa e em respeitar os pedidos dos reguladores.
A Meta tem vindo também a ser associada a comprar criptomoedas, se bem que ainda não foi anunciado um metaverso próprio.
“Minimizar riscos”: Os compromissos da Meta sob escrutínio
Ainda que a CMA não tenha aceitado oficialmente aqueles compromissos, ela está inclinada para os aceitar e está otimista sobre os eventuais impactos. Se ratificado, um comité de monitorização será destacado para garantir o cumprimento das promessas da Meta.
Michael Grenfell, o diretor da CMA, referiu num relatório recente que: “Reduzir o risco da Meta em explorar dados de empresas que anunciam na sua plataforma é uma vantagem competitiva que pode ajudar muitas empresas britânicas.” Um processo de consultoria já foi iniciado, e deverá estar concluído a 26 de junho.
À medida que esta saga digital continua, os utilizadores do Facebook continuam à espera de ver em que é que isso resultará. De qualquer modo, parece certo que novas práticas de privacidade de dados e anúncios parecem vir a ser realidade.
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