O Financial Times revelou o ranking das melhores escolas para a formação de executivos. Destinou-se a avaliar o top de formações para quem quer liderar negócios e desenvolver competências em corporate business. A faculdade portuguesa ISCTE Executive Education é a mais bem posicionada de entre as escolas portuguesas, mas várias alcançam um lugar de destaque.
Segundo aquele ranking, há cinco escolas de gestão portuguesa entre as mais recomendáveis no mundo para formar líderes de empresas. Um clássico bem estabelecido é a NOVA SBE, a Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, que mantém outro dos lugares de liderança. A formação customizada, os programas abertos, a capacidade de gerar líderes preparados para os novos desafios do trabalho global foram os fatores avaliados.
Avaliação do Financial Times das melhores escolas de Business
O ranking do Financial Times no que respeita às melhores escolas na área da criação de líderes, de negócios e de executivos é dos mais prestigiados em todo o mundo. É, por isso, importante olhar para os rankings anuais. E ver de que forma as escolas portuguesas se posicionam face às mais prestigiadas do mundo. Uma vez que permite aferir não só da qualidade do ensino, mas também das oportunidades de reconhecimento. Além de rampa de lançamento para o mundo corporate.
A Nova SBE alcançou a 13ª posição mundial. Em particular no que respeita aos chamados “programas customizados”, em que os alunos têm a oportunidade de desenhar percursos formativos em corporate business adaptados às necessidades do mercado. Mas também à sua vocação enquanto líderes. Isso significa um melhoramento de três lugares face ao ano passado, o que a continua a posicionar num lugar de prestígio.
Pedro Oliveira, diretor da Nova SBE, refere que os rankings para a formação executiva “reafirmam a posição de Portugal”. E que o país ocupa uma posição de excelência. É de notar, ainda assim, que além da categoria “programas customizados”, o Financial Times também avalia a categoria “programas abertos”. Aqui, a Nova SBE piorou 12 posições, ocupando o 41º lugar.
Católica entre as melhores na formação de executivos
Logo a seguir à Nova SBE, é a Católica Lisbon School of Business & Economics que mais se destaca nos rankings do Financial Times. Na edição deste ano dos rankings, a Católica surge em 30º lugar mundial nos programas customizados, mas só em 42º lugar mundial nos programas abertos.
Esta escola está a piorar desempenhos, embora permanecendo no top 50 mundial que é tido como o top de referência para a escolha de escolas relevantes. Os resultados são assim tidos como consistentes e em linha com as ambições da Católica, onde os principais temas do mundo dos negócios e da sociedade casam perfeitamente para criar líderes preparados para o futuro. Questões de sustentabilidade, inteligência artificial, trabalho digital e remoto, negócios inovadores, são tudo temas tratados nos custos para executivos da Católica que já tem formado empreendedores e líderes com sucesso nos mercados globais.
ISEG em ascensão na categoria “programas customizados”
O Instituto Superior de Economia e Gestão, o ISEG, é o que mais rapidamente está a valorizar no ranking do Financial Times. Nesta edição subiu 13 posições em “programas à medida”, ocupando agora o 39º lugar do ranking. Já na categoria “programas abertos”, a escola surge em 57º lugar.
O ISEG quer ter um contacto próximo com a realidade das empresas, procurando aliar esse lado prático e de auscultação do tecido empresarial, com o lado da formação teórica e de antecipação de tendências globais. O casamento entre estas várias facetas estratégicas permite preparar líderes que reconhecem os desafios dos negócios à escala nacional e global, e que vêm devidamente apetrechados do ponto de vista das qualidades pessoais e profissionais para as atacar. Inovação, disrupção, capacidade de pensamento crítico, atualização e investigação face às tendências são tudo valores considerados importantes para a formação de executivos no ISEG.
ISCTE é a que mais sobe nos rankings do Financial Times
A escola portuguesa que mais surpreendeu é mesmo o ISCTE Executive Education, que teve a maior subida nas duas categorias em análise: programas customizados e programas abertos para formação de executivos.
Em relação à formação customizada, que pretende a melhor adequação nacional e regional em função das necessidades das empresas, o ISCTE alcançou a 45ª posição global. Isto significa que subiu 16 posições face ao ano anterior.
Se avaliarmos a categoria de programas abertos, vemos que alcançou a 64ª posição mundial, com uma melhoria de quatro posições.
A reputação do ISCTE é inegável em Portugal, com a sua formação para executivos a ser das mais procuradas por empresas que procuram quadros de topo para liderar as suas equipas e negócios. Por isso, o ISCTE conhece bem a realidade corporate portuguesa mas também internacional, o que é um dos fatores mais importantes para se poder posicionar como uma das escolas de referência no ranking.
Universidade do Porto mantém a sua posição no ranking do Financial Times
A Universidade do Porto é a única referência portuguesa que surge destacada no seu ranking e que não se situa nem Lisboa. A Faculdade de Economia da Universidade do Porto e a Porto Business School são as que merecem destaque.
Na categoria de programas customizados, a Universidade do Porto ocupa agora a 47ª posição, piorando ligeiramente face ao ranking anterior. Na categoria de programas abertos, a instituição passou a 44º lugar, descendo dois lugares.
A Universidade do Porto destaca ainda assim a relevância e reconhecimento das suas instituições de formação de executivos na abordagem diferenciadora que promove. O Financial Times reconhece a Universidade do Porto, em particular, pelos “métodos e materiais de ensino”, pela “qualidade do corpo docente”, pela “percentagem de participação feminina”, e na “satisfação geral” (neste indicador obteve 9,26 em 10 pontos possíveis). Estes motivos ajudam a consolidar a sua posição do ranking.
Competências estratégicas, métodos de ensino inovadores, captação de talentos não só da academia mas também do mundo empresarial para o seu corpo docente, são estes os ingredientes que têm ajudado a consolidar a Universidade do Porto para ocupar o top 50 do ranking do Financial Times.
Quais as melhores escolas mundiais em formação de executivos?
Em termos mundiais, é o continente europeu e asiático os que lideram nas escolas de formação de executivos com melhor ranking. Em programas customizados, a Insead é a número 1 do ranking mundial. Esta escola funciona a partir de França e de Singapura, garantindo uma preparação verdadeiramente global e de grande exigência para os seus alunos.
Em segundo lugar do ranking em programas customizados surge a Iese Business School (agrupando escolas de Espanha, Alemanha, Brasil e Estados Unidos), e o International Institute for Management Development (que funciona entre a Suíça e Singapura).
Depois, na categoria de programas abertos, o primeiro lugar do ranking global é ocupado pela HEC Paris (uma formação organizada entre França e o Catar.) Em segundo lugar vem a Iese Business School, em terceiro a escola espanhola Esade Business School, e em terceiro lugar a inglesa London Business School.