A Parfin, que é uma empresa que fornece estrutura para a Web3, acabou de anunciar o lançamento da Parchain, uma blockchain que pode ser usada para transacionar o Real Digital. A Parchain será uma blockchain de camada zero e com operação privada e que tem sistema EVM ou Ethereum Virtual Machine. Ou seja, perfeita para atender necessidades institucionais como a que o Banco Central do Brasil está buscando para criação do Real Digital.

O que sabemos sobre a nova blockchain Parchain?

Além dos detalhes operacionais e de atuação da nova blockchain, foi divulgado pela empresa que a Parfin fez uma parceria com o Santander para buscar uma solução que possa aumentar a conveniência relativa às transações de imóveis e de automóveis, especialmente aquelas realizadas diretamente entre os compradores e vendedores. Com isso, a parceria vai prever a tokenização de um setor extremamente promissor, o direito de propriedade de bens virtuais e reais.

Claro que a operação da Parchain não será usada apenas para transferência de propriedades de bens. Ela será usada também para transferir outros valores e investimentos, como por exemplo, o Real Digital. Como prova disso, o Parchain foi submetido a um Lift Challenge ou teste de empresa, o qual foi supervisionado pelo Banco Central do Brasil.

Como funciona a blockchain da Parfin?

Sabemos que cada blockchain tem um tipo de funcionamento e oferece uma vantagem única. No caso da blockchain da Parfin, a descrição dada pela própria empresa é de uma blockchain com arquitetura de calibre institucional. Além disso, a empresa oferece interoperabilidade simples e segura como sendo um diferencial das blockchains privadas e permissionadas do mercado. Outro diferencial está na oferta de transações privadas e um sistema de segurança que prevê a obrigatoriedade de verificação de identidade dos participantes que vão interagir com esse ecossistema.

A interoperabilidade da blockchain é feita por meio de pontes e pelas tecnologias ZK (Zero Knowledge) e MPC (Multi-Party Computation). Essas tecnologias tornam possível a realização de transações de uma blockchain para outra, podendo ser elas privadas ou públicas.

Sobre a Parfin

No mercado, existem diversas empresas que oferecem soluções para o mercado cripto e é um nicho que cresce cada dia mais. A Parfin é uma dessas empresas e oferece soluções para que investidores institucionais, especialmente os latino-americanos possam reter, gerenciar e negociar criptoativos de uma maneira prática e segura.

A empresa foi lançada em 2019 e conta com sedes em Londres e no Rio de Janeiro. A empresa nasceu da união de três mentes pensantes que tinham focos de trabalhos diferentes, que iam desde finanças até blockchain, mas compartilhavam uma crença em comum: a certeza de que os ativos digitais iriam revolucionar o mundo. Com base nisso, criaram a Parfin para fornecer um ambiente seguro para pessoas e instituições que querem explorar os ativos digitais de uma forma justa.

Sobre a criação do Real Digital

O Banco Central do Brasil está cada vez mais envolvido no processo de digitalização e tokenização no Brasil. Além de ter um papel fundamental na construção da legislação aplicada às criptos e a fiscalização da atuação das exchanges de criptomoedas, o órgão tem atuado de forma muito ativa na criação do Real Digital e no processo de tokenização de iniciativas.

O projeto do Real Digital prevê que a moeda seja lançada oficialmente e possa ser usada pelos brasileiros no começo de 2024. Por isso, alguns testes já começaram a ser feitos e parecem estar dando certo. O Banco Central iniciou uma série de testes usando uma parceria feita pelo Mercado Bitcoin, que já é bastante atuante no mercado, e a Fundação Stellar.

Após os testes, houve uma definição que pode ser considerada para os próximos passos para a criação da moeda, como, por exemplo, onde a blockchain do Real Digital será criada e como ele será distribuído. O que se sabe é que a moeda será criada em uma rede privada e não permissionada, isso porque, há um interesse de que o blockchain seja acessada apenas por bancos autorizados. Isso coloca a Parchain, nova rede da Parfin como uma opção perfeita para hospedar a moeda oficial do Brasil em formato digital, pois a nova blockchain reúne todas essas características.

Já com relação ao funcionamento da distribuição do Real Digital, ele deve acontecer de maneira semelhante aos resto das stablecoins. Isso quer dizer que, possivelmente a sua emissão será feita de maneira tokenizada e emitida por bancos privados. O que se sabe é que, a circulação deve ser semelhante ao PIX, até porque esse formato é bastante aceito no mercado e conta atualmente com mais de 144 milhões de adeptos e que o risco pela emissão dos tokens serão assumidos pela instituição bancária emissora, inclusive com apoio do fundo garantidor em caso de quebra.

O Brasil na mira do mercado internacional

A criação da legislação brasileira sobre criptomoedas, o avançado processo de tokenização de ativos e a criação do Real Digital tem garantido que as atenções do mercado se voltem para o Brasil. Não é para menos, o Brasil está entre os sete países com mercado mais promissor para criptos do mundo, segundo dados divulgados por uma pesquisa feita pela Toluna. Nessa pesquisa, cerca de 22% dos entrevistados afirmou que pretende investir em criptomoedas, o que é um número bastante promissor, ainda mais levando em conta que o Brasil é um país bastante populoso e com tamanho continental.

A atuação do Branco Central e do governo brasileiro no fomento e regulamentação do mercado também é algo que pode ser considerado um chamariz internacional, já que, mostra que os investimentos digitais contam com apoio e incentivo oficial do governo, que pretende criar um espaço cada vez mais seguro e promissor para os investimentos de alto risco. Isso deve atrair ainda mais iniciativas de grandes empresas do mercado e elevar ainda mais o nível das opções de investimentos oferecidas no mercado brasileiro. Portanto, podemos esperar uma grande expansão do mercado brasileiro em curto e médio prazo.

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