No último dia 13, o diretor comercial e de tecnologias financeiras da Meta, Stephane Kasriel, anunciou em sua conta no Twitter a desativação do suporte a tokens não fungíveis (NFT) no Instagram e no Facebook. Os testes para a integração de NFT nas redes sociais foram iniciados em maio de 2022, como noticiamos aqui. Em 4 de agosto, a empresa anunciou o suporte ao compartilhamento de NFT nas redes sociais, disponível para usuários de 100 países. Agora, passados 7 meses do início do suporte, a companhia anunciou que a funcionalidade será desativada.

De acordo com Kasriel, a Meta mantém a prioridade de criar oportunidades para que criadores de conteúdo e negócios se conectem com clientes e monetizem nas redes sociais, mas preferiu investir em outros produtos. As principais apostas para os próximos tempos também foram anunciadas: as mensagens, as opções de monetização para os Reels e o Meta Pay.

O executivo fez questão de deixar claro que a Meta continua investindo em ferramentas voltadas para as Fintechs. Considerando os produtos mencionados, só nos resta esperar. Contudo, não temos dúvidas de que serão lançadas ótimas ferramentas para o Facebook e o Instagram nos próximos tempos.

O que muda no Facebook e no Instagram com a desativação do suporte aos NFT?

Basicamente, as coisas voltam a ser como foram até julho de 2022. A integração do Facebook e do Instagram para suportar o compartilhamento de NFT foi bastante complexa e passou por muitas dificuldades técnicas, mas as redes sociais tiveram poucas alterações nas suas interfaces. Isso significa que não haverá grandes modificações nas funcionalidades, no uso e nem para se acostumar com a reversão.

Somente sentirá falta do recurso quem o utilizava. Para esses usuários, será necessário encontrar outros meios para fazer suas transações com NFT. Eventualmente, recorrendo a corretoras e/ou a outros ecossistemas com metaverso.

Aliás, o principal motivo para a criação do suporte foi a aposta da Meta no metaverso, o que é plenamente justificável devido ao sucesso dessa tecnologia nas pré-vendas, como a do RobotEra. Como tivemos a oportunidade de explicar em vários de nossos textos, o metaverso é um ecossistema virtual produzido a partir da integração de inúmeras ferramentas já existentes.

O que é metaverso?

O metaverso é composto por três tipos de interações distintas, chamadas de camadas. A primeira é a camada de experiência, os usuários podem fazer interações diversas, como diálogos e participar de jogos, sempre utilizando avatares personalizáveis. A segunda é a camada da descoberta, em que os usuários buscam mais informações sobre o metaverso e, assim, aprofundam a experiência. A terceira é a camada da economia da criação, pois os usuários podem criar itens e comercializá-los em marketplaces dos ecossistemas dos quais fazem parte. É na terceira camada que se encontram os NFT.

O metaverso é o principal objetivo da terceira onda da Web, também chamada de Web 3.0, na qual os produtores de conteúdo são proprietários do que criam e podem explorar os produtos digitais no interior de um ecossistema. Antes disso, tivemos a primeira e a segunda ondas, caracterizadas pela Web 1.0, na qual só podiam produzir conteúdo as pessoas com domínio de complexas linguagens de programação, e pela Web 2.0, na qual o conteúdo podia ser facilmente produzido, mas a propriedade pertencia aos sites e às plataformas.

É o fim dos NFT?

Certamente não. O futuro é imprevisto e, no máximo, pode ser estimado e calculado. Mas a tecnologia envolvida nos NFT ainda não foi superada e, ao que indicam os especialistas em tecnologia, isso não ocorrerá tão cedo. Para que o fim dos NFT chegue, será preciso o esgotamento de todo o ecossistema, isto é, do metaverso ou uma desvalorização avassaladora que afaste os investidores.

Nos últimos anos, tivemos a oportunidade de constatar que projetos inovadores podem superar outras tecnologias. Aconteceu com os discos de vinil, as fitas VHS, os CD, os DVD, as locadoras, etc. Mesmo assim, não podemos desconsiderar a existência de inúmeros colecionadores que não param de fazer transações envolvendo produtos “ultrapassados”, como carros antigos, vitrolas, discos, e outros.

Todo criptoativo passa por oscilações de preço. A esses movimentos de valorização e desvalorização chamamos volatilidade, que é a causa dos prejuízos, mas também a condição de possibilidade dos lucros. Se os ativos mantivessem seus preços, ninguém obteria lucros do mercado cripto. Tendo isso em mente, podemos afirmar que as desvalorizações dos NFT não indicam o fim do ativo, pois são parte dos movimentos de volatilidade.

Onde comprar NFT?

Se você já fazia transações com NFT no Facebook ou Instagram, ou tem interesse em comprar ou vender seus NFT, pode procurar uma corretora de sua confiança, como a OKX, para fazer essas transações. Você também pode adquirir criptomoedas de projetos com metaverso e utilizar os marketplaces desses projetos para fazer suas transações.

Lembre-se de que você precisará ter uma carteira digital, quente ou fria, adquirir ou criar seus NFT e armazená-los. Para transacionar, você precisa conectar sua carteira ao site da corretora, se essa não tiver uma carteira quente própria, e fazer as transações. Se você ainda não tem uma carteira digital, consulte nosso guia completo das melhores wallets de 2023.

Existem criptoativos melhores que os NFT?

A avaliação do ativo mais compensador em um momento tem um prazo de validade muito curto. Preferimos esclarecer que a volatilidade possibilita que vários criptoativos sejam atrativos. Existem ativos já consolidados e ativos mais recentes, alguns dos quais são mais valorizados que outros. As criptomoedas são o primeiro tipo de ativo digital criado; por isso, atraem muitos investidores.

O Bitcoin segue na posição de líder como ativo mais valioso do mercado cripto, mas inúmeros projetos recentes têm atraído as atenções de investidores. Dentre esses ativos estão as criptomoedas em pré-venda vêm fazendo muito sucesso. Alguns desses projetos têm temáticas bastante promissoras devido às suas metodologias: Play-to-Earn (P2E), Move-to-Earn (M2E), créditos de carbono e Vote-to-Earn (V2E).

Atualmente, estão em fase de pré-venda o C+Charge, o FightOut e o Love Hate Inu.

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