O mercado de criptomoedas está em grande expansão no Brasil. Segundo dados da Receita Federal, o número de brasileiros que estão investindo em criptomoedas superou a marca de 2 milhões.
O mês de 2023 com maior número de investidores declarados para a Receita até o momento foi abril, quando foram registrados 1,996 milhão de investidores pessoas físicas e 65,6 mil pessoas jurídicas. Esse é o maior volume registrado em um período de dois anos.
Abril foi um mês promissor
Sabemos que o mercado brasileiro está em constante crescimento há algum tempo. Diversas iniciativas governamentais e não governamentais estão sendo tomadas para promover uma maior adesão ao mercado de ativos digitais. Podemos citar como exemplo os esforços empreendidos para que o real digital saia do papel e tenha aceitação dos investidores.
Mundialmente falando, 2023 começou sendo um ano promissor e março foi um mês que quebrou recordes, registrando uma movimentação de US$ 4 trilhões. Isso deu indicativos de que o famigerado inverno cripto finalmente estava chegando ao fim e que agora as coisas poderiam finalmente entrar nos eixos.
Pelo menos no Brasil, isso tem se concretizado. Isso porque, o número de investidores brasileiros negociando criptos em abril de 2023 foi cerca de 23,8% maior que o número registrado em março deste ano, que era o recorde anterior. Quando o assunto são as pessoas jurídicas envolvidas no mundo cripto, o número de agentes envolvidos em negociações foi de 6,45% no mesmo mês.
As exchanges sediadas em países estrangeiros também tiveram seus números aumentados. Isso porque, em abril, cerca de R$ 4,5 bilhões em criptomoedas foram negociadas por pessoas jurídicas em exchanges localizadas foram do Brasil, segundo registros da Receita Federal. Esse é o maior número registrado desde a implementação da Instrução Normativa n° 1888 (IN 1888).
O número de negociações registradas em corretoras localizadas no exterior é o grande responsável pelos recordes registrados no mês de abril. Isso porque, quando falamos de negociações registradas em exchanges que mantêm sede no Brasil, os dados não são tão animadores. Segundo dados da Receita Federal, as corretoras nacionais tiveram uma queda de quase R$ 1,5 bilhão em suas negociações. Com isso, as exchanges brasileiras processaram cerca de R$ 12,9 bilhões em transações com ativos digitais no período divulgado.
Quem está negociando criptomoedas no Brasil?
A movimentação das criptomoedas é medida não apenas com relação ao tipo de pessoa (física ou jurídica) que movimenta o mercado. A Receita Federal divulga também o gênero de quem está comandando o mercado. Se antes o mercado era dominado pelos homens, nos últimos levantamentos, as mulheres tiveram algum destaque.
Contudo, com base nos últimos dados divulgados, o número de operações feitas por mulheres caiu bastante entre março e abril. Em março, as mulheres fizeram cerca de 20,6% das movimentações, já em abril, esse número caiu para 10,5%. Esse é o melhor número registrado desde junho de 2020.
Um ponto de destaque nos números apresentados é que apesar da queda acentuada no número de transações feitas pelo público feminino, os valores mantidos por elas em carteira permanecem firmes. No mês de abril o valor movimentado por mulheres representou 15,59% do total das transações. Em março, o valor registrado era de 15,92%. Em 2023, fevereiro foi o único mês em que os valores movimentados por mulheres ficou abaixo de 15%, quando houve registro de 10,71%.
Relação entre os investidores e a Instrução Normativa 1888
A Receita Federal do Brasil, assim como outros órgãos governamentais, costuma editar instruções normativas para organizar algumas atividades ou orientar os contribuintes sobre determinados temas. A instrução normativa 1888 teve justamente esse objetivo e desde 2019 deve ser observada por contribuintes que mantêm criptomoedas como investimentos.
Dito isto, a IN 1888 capta as informações dos contribuintes através das declarações enviadas pelos investidores a também pelas informações fornecidas pelas exchanges de criptomoedas que atuam no Brasil. Ou seja, as corretoras nacionais e comerciantes P2P devem informar para a Receita Federal qualquer movimentação envolvendo cripto que aconteça dentro da sua plataforma.
Com relação aos investidores brasileiros, qualquer movimentação de criptoativo deve ser declarada obrigatoriamente, mesmo que a transação ocorra em exchanges estrangeiras. Isso segue o mesmo padrão adotado para movimentações feitas para outras pessoas físicas ou plataformas que têm sede no exterior e que ultrapassam a quantia de R$ 30 mil em um mês.
Com isso, mesmo que os dados da Receita Federal sejam seguros e com fonte de confiabilidade alta, já que são dados governamentais, eles podem não refletir a totalidade do número de investidores do mercado brasileiro de forma fiel. Isso porque, aqueles brasileiros que movimentaram menos de R$ 30.000,00 em corretoras que têm sede fora do Brasil, não estão sendo considerados nos dados que a Receita Federal recebe mensalmente.
Isso mostra que o número de brasileiros movimentando o mercado pode ser ainda maior e com grande probabilidade de aumentar ainda mais com o aquecimento do mercado. Afinal de contas, a adoção de criptos está em aquecimento há algum tempo e não deve diminuir agora que o mercado está aquecido. O número de empresas engajadas no mercado também deve crescer à medida que mais moedas oferecem soluções para o mundo corporativo.
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