O mercado de ativos digitais pode parecer distante de um “bull run”, como visto em meados dos anos 2020, mas tem atraído atenção e investimento de camadas da chamada velha economia. Nos últimos meses, por exemplo, gigantes do setor de gestão de ativos como Abrndn, Blackrock e Charles Schwab começaram a investir em cripto.

Há muitas formas para gestores de recursos alocar fundos para o mercado de criptoativos. Alguns compram Bitcoin diretamente. Um exemplo é Microstrategy, que adotou uma estratégia Bitcoin como uma empresa de capital aberto, tendo a custódia de BitGo.

Outros gestores de ativos, tais como o governo de El Salvador, optam por adquirir Bitcoin diretamente a partir do telefone celular do presidente do país, como noticiado recentemente.

“O presidente de El Salvador Nayib Bukele é provavelmente o único chefe de estado no mundo que usa fundos públicos para comercializar Bitcoin com seu telefone. Até agora, parece que ele perdeu dinheiro.”

Desconto de 30% em GBTC atrai instituições

Muitas pessoas acreditam que os mercados de Bitcoin chegaram ao fundo do poço em junho, um alívio depois da onda de crashes e perdas ao longo do mês anterior. No entanto, muitos argumentam que, em geral, os mercados não parecem que estarão em alta a partir de agora.

A maneira mais popular de as instituições alocarem para Bitcoin é comprar GBTC de Grayscale. Nos últimos anos, o prêmio/desconto de Grayscale tem sido um indicador relativamente forte de qual direção o mercado está seguindo. Por exemplo, durante o período de alta do mercado havia um prêmio bastante consistente em GBTC.

Agora, no entanto, a situação é diferente e, atualmente, há um desconto de 30% GBTC. Muitos analistas, como o fundador da HEX, Richard Heart, argumentam que não há como o mercado engatar a chamada “bull run”, ou corrida de touros, enquanto houver desconto — as instituições não comprarão BTC.

Parceria de Coinbase e Blackrock

Coinbase, a maior exchange dos EUA em volume negociado, fechou parceria com Blackrock, oferecendo apoio institucional. A associação faz parte dos planos de Coinbase de oferecer mais serviços e estabelecer mais parcerias para promover a indústria de cripto ativos, ao invés de comprar qualquer Bitcoin por conta própria – na verdade, é surpreendente o pouco de BTC que a Coinbase realmente possui.

De agora em diante, Blackrock oferecerá serviços BTC para seus clientes. Isto ocorrerá de várias formas, a primeira das quais é que Blackrock lançará um fundo spot Bitcoin para investidores institucionais.

A exposição de spot Bitcoin é algo que o varejo quer há anos. Infelizmente, U.S. Securities and Exchange Commission (SEC) tem repetidamente rejeitado pedidos de um spot BTC ETF, apesar de muitas empresas como a Gemini se candidatarem várias vezes para lançar um produto com essa característica.

Em vez disso, SEC permitiu o acesso do varejo a um fundo ETF futuro, com taxas mais altas, e tem tido um desempenho significativamente inferior ao de Bitcoin. Para Jamie McNeill, não há justificativa para a abordagem da SEC, que tem sido mais uma traição ao investidor varejista nos EUA.

Outra maneira que Blackrock está dando apoio a seus 82.000 clientes institucionais é conectando sua plataforma Aladdin à Coinbase. Isto significa que as instituições terão acesso a toda a liquidez de Coinbase para comprar e vender Bitcoin.

Declínio da importância do Ocidente

As criptomoedas não são o único ativo para o qual os gigantes de assets estão alocando com cada vez mais entusiasmo. A importância cada vez menor do Ocidente, e a crescente importância da China, tem se refletido também nas tendências internacionais de alocação de ativos. Quando se considera que a alocação para o universo cripto é significativamente menos dominante do que a mudança de alocações para a Ásia.

No livro Breaking the Code of History, David Murrin explica algumas das maneiras pelas quais o Ocidente está se aproximando do fim de seu ciclo de império, enquanto países do Oriente como China têm se desenvolvido.

Isto se reflete em ações recentes nas quais os EUA vêm adotando uma visão extremamente autoritária sobre muitas destas novas tecnologias, tais como sancionar o Tornado Cash. Resta saber se os EUA continuarão a fazer sanções contra os protocolos de código aberto, e quais poderão ser as próximas restrições.

Certamente, boa parte das instituições está interessada em investir em Bitcoin, embora haja apoio para investir em Ethereum. Os investimentos em dApps e protocolos específicos estão aumentando, mas o financiamento não vem dos maiores alocadores de ativos do mundo. Não ainda.

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