Este ano tem sido de fraco desempenho do mercado de criptomoedas e de dificuldades para empresas que lidam com criptoativos. Uma delas é a plataforma de empréstimos de criptomoedas Voyager, que entrou em colapso depois que muitos de seus depositantes tentaram retirar seus fundos.
Em resposta à situação criada, a plataforma suspendeu os saques e entrou com pedido de falência. O colapso dela contribuiu para o agravamento da crise do mercado de criptomoedas.
Ativos da Voyager chamam a atenção de gigantes do setor
A próxima página dessa história é a do interesse despertado pelos ativos da Voyager. Segundo a imprensa especializada, entre os interessados na aquisição estão as grandes plataformas de negociação de criptomoedas Binance e FTX.
Outra empresa importante desse tipo, Coinbase, aparentemente, desistiu de competir. Os interessados têm até o dia 6 de setembro para a apresentação de suas propostas. Se for necessário escolher entre competidores, um leilão ocorrerá no dia 29 do mesmo mês.
As notícias sobre o interesse de grandes atores do mercado de cripto ativos pela Voyager fizeram com que seu token (VGX) tivesse valorização de 40%.
Mais de 20 investidores em potencial manifestaram interesse pela aquisição da Voyager e realizaram due diligence (diligência devida ou verificação prévia). Isso quer dizer que provavelmente haverá vários competidores pelos ativos da plataforma.
Binance é uma das principais candidatas à compra
Segundo fontes que foram ouvidas pelo site CoinDesk, a Binance, que é a maior plataforma de negociação de criptomoedas do mundo, tem especial interesse em adquirir a Voyager porque isso favoreceria sua estratégia de expansão.
No entanto, um porta-voz da empresa, contatado para confirmação, respondeu que ela só se manifesta sobre negócios que já foram realizados, não sobre os que possam estar em discussão.
Changpeng, o CEO da Binance, disse ao jornal The New York Times que sua empresa foi abordada tanto pela Voyager quanto por outra plataforma de empréstimos de criptomoedas que faliu, a Celsius, para negociação de ativos. Segundo ele, as conversas ainda estão em curso.
FTX também analisa possibilidade de compra da Voyager
Embora um porta-voz da FTX tenha se recusado a responder a questões da CoinDesk sobre possíveis planos de compra de Voyager, uma fonte familiarizada com a estratégia da empresa ouvida pelo site confirmou o interesse.
Enquanto ainda estava interessada na aquisição da plataforma de empréstimos, a CoinBase pensava em fazer isso em associação com a Callaway Capital Management, uma firma especializada em ativos de risco.
Com base nessa parceria, esperava poder implementar um plano de recuperação, mas decidiu que o empreendimento não fazia sentido do ponto de vista financeiro.
Quando o site CoinDesk entrou em contato com a CoinBase, a Callaway Capital, o braço de investimento da plataforma Voyager e a firma legal que causa dos interesses desta no processo de falência, nenhum deles quis se manifestar.
Venda da Voyager pode ser alternativa para amenizar perdas dos depositantes
O colapso da Voyager, que se viu incapaz de restituir os fundos de seus depositantes, tornou estes credores na corte de falências, nas quais terão que lidar com um longo e tortuoso processo para terem chance de reaver parte do que perderam.
Segundo declarações feitas por Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da FTX, sua proposta, mesmo não garantindo devolução integral dos fundos deles, é a melhor chance que os depositantes têm de evitar um longo processo e falência (que é o que desejam os consultores porque isso maximiza seus honorários) e conseguir de volta a maior porção possível de seus depósitos.
Em entrevista ao site CoinDesk, Thomas Braziel, um dos sócios da 507 Capital, uma firma de investimentos, disse acreditar que a questão dos honorários dos consultores é uma pista falsa, que pode irritar os credores, mas tem pouca importância para os interesses deles.
Braziel também afirmou ser cedo para saber quais serão as propostas feitas pelos ativos da Voyager e qual será a melhor opção para os interessados, inclusive os depositantes. O fato é que uma possível solução para a questão agradou o mercado, como resultado disso, o VGX, token da Voyager, deu um belo salto.
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