BlueBenx, plataforma brasileira de serviços multi financeiros conectados a blockchain, bloqueou todas as retiradas dos clientes por 180 dias, a partir de 12/08. Por e-mail, os clientes da empresa que já vem sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) receberam como justificativa um potente ataque de hackers.
Desde então, nenhum representante da plataforma de compra, venda e custódia de criptomoedas deu mais detalhes sobre o que realmente aconteceu. A conta do Instagram de BlueBenx foi deletada e no Twitter, a última postagem é de 10/08.
No website Reclame Aqui, até o fechamento deste artigo, havia 8 reclamações de clientes desesperados com o silêncio de BlueBenx e a incerteza do que acontecerá com seus ativos. Nenhuma das mensagens havia sido respondida.
“Cadê o presidente Roberto de Jesus Cardassi para nos esclarecer sobre o que está acontecendo? Realmente estou amedrontado com esta situação!”
(Desabafo de um dos clientes de BlueBenx no site Reclame Aqui)
Investigada pela CVM, BlueBenx tem capital de R$ 3,3 mi
BlueBenx suspendeu os serviços de resgate, saque, depósito e transferência de fundos. No comunicado aos clientes, a justificativa seria um ataque cibernético, mas o CEO Roberto de Jesus Cardassi vem sendo cobrado a dar mais detalhes sobre o que ocorreu.
Cardassi fundou BlueBenx em 2018 oferecendo ao mercado brasileiro mais de 100 opções de criptomoedas para negociação na exchange, além de produtos em cripto como conta digital com serviços financeiros atrelados, como pix e pagamentos em geral. Ele é também dono de outras quatro empresas relacionadas à BBX Tecnologia com capital conjunto de R$ 3,3 milhões.
BlueBenx é o quarto caso de bloqueio de saques em 2 meses
BlueBenx não é a primeira empresa de negociação de criptomoedas a interromper as retiradas nos últimos meses. Antes dela, Celsius, Voyager Digital e Babel Finance bloquearam as retiradas nos últimos dois meses.
Entretanto, ao contrário das plataformas anteriores que pararam as retiradas devido às condições de mercado em baixa, a BlueBenx alega ter sido vítima de um hack maciço. A plataforma teria perdido US$ 32 milhões, mas não foram fornecidos detalhes sobre o episódio que causou uma crise de liquidez. Por essa razão, a empresa demitiu a maioria dos funcionários.
BlueBenx é mais um exemplo de uma empresa de finanças cripto que fechou as portas após prometer aos usuários retornos extraodinários. A plataforma de empréstimo cripto prometia retornos de até 66%.
Hack é confirmado pela imprensa, mas clientes desconfiam de BlueBenx
Há notícias na imprensa brasileira que confirmam o hack na plataforma, considerado “extremamente agressivo”. O advogado de BlueBenx Assuramaya Kuthumi teria confirmado o ataque quando US$ 32 milhões foram drenados da plataforma.
Entretanto, os investidores de BlueBenx estão tendo dificuldade em acreditar nessas alegações de hacking. Alguns têm afirmado que não há clareza sobre o suposto hack, fazendo-os duvidar se ele aconteceu, como atestam alguns comentários.
“Dizem ter sidos atacados por hackers e simplesmente não conseguimos rever o dinheiro aplicado, não respondem e-mails e nem WhatsApp. Cadê a polícia pelo amor de Deus? São muitos anos de trabalho duro para conquistar o que foi investido.”
(De um cliente de BlueBenx no site Reclame Aqui)
Como o episódio de BlueBenx afeta todo o mercado cripto
O ceticismo sobre a razão de BlueBenx ter interrompido as retiradas decorre do fato de que múltiplas plataformas cripto, incluindo aquelas que oferecem altos rendimentos, estiveram na mesma situação no passado. Algumas empresas que afundaram durante o atual inverno cripto esconderam sua incompetência em alcançar as promessas anteriores feitas aos usuários.
O fracasso de múltiplas plataformas aumentou o risco de serviços de alto rendimento. Os investidores de criptomoeda têm tirado seu dinheiro desses protocolos para diminuir os riscos e para garantir que haja estratégias mais seguras.
De acordo com a empresa australiana Fintech Block Earner, é crescente o número de investidores buscando uma forma menos arriscada de obter retornos de suas participações em cripto. Apurva Chiranewala, gerente-geral de Block Earner, confirma que os riscos aumentaram significativamente. O executivo disse que algumas empresas cripto estavam se voltando para plataformas como a Block Earner porque queriam um risco menor do que os produtos que ofereciam retornos de dois dígitos.
Com as mudanças no sentimento dos investidores, empresas cripto como Block Earner estão se voltando para a criação de produtos institucionais. Além disso, o crescente interesse no espaço cripto também está impulsionando ganhos, à medida que mais investidores institucionais continuam a se lançar no setor.
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