Talvez você já saiba, mas a eToro é uma multinacional sediada em Israel que oferece serviços financeiros e foi uma das primeiras plataformas de social investing a permitir que seus usuários acompanhem e copiem as estratégias de outros traders.
Em um passo para ampliar o leque de ativos à disposição de seus clientes — e aumentar o número destes — a empresa passou a oferecer mais três novas criptomoedas: ALICE, AMP e SRM, que se juntam às outras 70 já oferecidas, que incluem Bitcoin, Ethereum, Dogecoin, entre outras.
O investimento em criptoativos deve ser feito com cautela devido à volatilidade do mercado.
Detalhes sobre ALICE, SRM e AMP
ALICE é o token do game My Neighbor Alice. Nele, o jogador pode construir, explorar e comprar ilhas virtuais. A posse do token permite que os jogadores comprem habilidades e objetos, participem da governança do game (por exemplo, votando em suas atualizações), recebam recompensas e usem seus serviços de finanças.
Já o AMP é um token baseado em contratos inteligentes que foi criado com a finalidade de deixar as transações mais rápidas e seguras.
SRM é o token do Serum, que é um mercado de criptomoedas descentralizado baseado na plataforma de blockchain Solana. Entre outras vantagens, o Serum permite que os usuários escolham os preços pelos quais deseja comprar ou vender os ativos negociados. Os detentores de SRM têm direito a participar na governança do Serum e ganham descontos de suas taxas em transações.
eToro mostra resiliência no mercado de criptomoedas
São dignos de nota também outros dois movimentos que a eToro realizou neste mês. Um deles foi retomar a disponibilização da criptomoeda Luna, cuja negociação havia sido suspensa.
A empresa, contudo, deixou bem claro que a retomada da disponibilidade da Luna não equivale a um endosso. Ou seja, existem dúvidas sobre a moeda e que os interessados em adquiri-la devem pesquisar o assunto por conta própria para que possam chegar às próprias conclusões.
Outro movimento interessante foi o registro da eToro na França sob regulação dupla. Isso a habilita a oferecer serviços financeiros sob a regulação da PACTE. Trata-se de uma lei sancionada em 2019 cuja finalidade é remover obstáculos à atuação das empresas e, entre outras matérias, regula ativos digitais.
Enquanto se esforça para expandir sua base de usuários, a eToro tem, pelo menos por enquanto, mostrado resiliência em meios às fortes correções do mercado de criptomoedas. Com isso, tem escapado das dificuldades que atingiram outros negócios ligados a esses ativos.
Outras empresas de criptomoedas sofreram com a baixa recente
Um exemplo de negócio fortemente atingido é o fundo Three Arrows Capital, que investiu pesadamente em criptomoedas. O fundo teve que se desfazer de posições no valor de 40 milhões de dólares com prejuízo e, segundo relatos, apresenta dificuldades para honrar as chamadas ‘margens’, garantias financeiras exigidas em operações de risco.
Corretoras e exchanges de criptomoedas também vêm experimentando problemas. No começo do mês de junho, a exchange Gemini demitiu um décimo de sua força de trabalho e apresentou como motivo a turbulência do mercado de criptomoedas.
Na manhã de 13 de junho, a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, chegou a congelar os fundos em Bitcoin, que não puderam ser sacados, causando temor nos usuários. O problema, atribuído pela empresa a uma transação travada, foi resolvido no começo da tarde daquele dia.
A corretora de criptomoedas Coinbase Global recentemente anunciou neste mês uma reestruturação que resultou na demissão de 1100 funcionários, quase um quinto de sua força de trabalho.