A maior bolsa de valores oficial do Brasil, a B3, que opera em São Paulo desde 2017, tem mais uma memecoin em sua carteira de ofertas. Isso porque, o ETF administrado pela Hashdex passou por modificações para incluir em sua composição a memecoin Shiba Inu (SHIB).

Para incluir o SHIB, a cesta deixou de lado os tokens Axie Infinity (AXS) e The Sandbox (SAND), conforme afirmações da empresa gestora Hashdex. Atualmente, a Hahsdex administra seis ETFs listados na bolsa de valores.

O anúncio de mudanças contempla não só o ETF HASH11, que atualmente segue sendo o maior ETF cripto da bolsa B3 segundo a Nasdaq, outros dois ETFs sofreram alterações recentemente. O primeiro foi o DEFI11, uma cesta focada no universo das finanças descentralizadas (DeFi). O segundo é o META11, uma cesta que engloba projetos de metaverso e cultura digital.

Sobre a mudança e a exposição ao token SHIB

A partir da mudança administrada pela Hahsdex, o ETF META11 passa a ter exposição ao token SHIB. De acordo com informações da própria Hashdex, o token SHIB cresceu para conseguir operar como uma moeda de pagamentos e serviços no mundo real.

Analisando as funcionalidades do token Shiba Inu, o token já pode ser considerado um token de utilidade, pois é o token de sustentação de um ecossistema de DeFi e opera como moeda interna do metaverso do jogo SHIB. Além disso, o projeto Shiba Inu prevê que o token seja usado como ativo de governança. Isso quer dizer que os investidores podem votar em inovações e na direção do projeto SHIB através de um DAO.

Com essa decisão, o META11 deixou de estar exposto aos tokens Axie Infinity e SandBox, pois eles deixaram de integrar as cestas do Hashdex.

Novas criptos incorporadas

A cesta do ETF HASh11 não sofreu retirada de criptos. Mas teve um reforço de peso, já que na cesta desse ETF foi incorporado o Ethereum Classic (ETC) como forma de composição da seleção de criptos.

O Ethereum Classic funciona como uma plataforma de contratos inteligentes que foi criado levando em consideração o Ethereum original. O ETC possui a mesma infraestrutura do ETH e usa a mesma tecnologia. Portanto, essa cripto pode ser usada para criação de aplicações descentralizadas e suporta movimentações do protocolo DeFi e NFTs.

Por sua vez, ao DEFI11 foi incorporado o projeto Kyber Network (KNC), que é um otimizador de liquidez e pode ser usado como agregador de aplicações dos ecossistemas DeFi e em outras plataformas de contratos inteligentes. A principal função do ativo é trazer eficiência e liquidez, além de permitir que os usuários realizem negociações entre criptos com menores taxas.

Em uma nota, a Hashdex afirmou que as ações de revisão e rebalanceamento são frequentes, com uma regularidade de três meses, e seguem critérios de elegibilidade presentes nos índices de referência dos ETFs e da gestora.

Criptoativos são um investimento de alto risco e podem não ser indicados para novatos.