O Brasil é um mercado em expansão em diversas áreas de negócios. Para as criptomoedas não é diferente. Aos poucos, os brasileiros estão descobrindo como é vantajoso investir em moedas digitais e descentralizadas e estão apostando suas fichas nesse mundo ainda novo para nós, segundo dados da RFB.
Aos poucos, iniciativas vão surgindo e fomentando a adoção das criptos como uma opção cada vez mais informada. Esse é o caso da lei que regulamenta as criptomoedas e investimentos digitais, que deve ser passar em breve pelo congresso nacional. O avanço e a aprovação da lei deve dar mais confiança e fomentar investimentos na área de criptoativos no Brasil.
De olho nisso, o Banco do Brasil estuda um projeto de implementação de carteira de ativos digitais para seus clientes em breve, o que pode ser considerado uma surpresa, visto que esse é um dos bancos mais tradicionais do país.
Inseridas neste contexto, as empresas brasileiras têm se mostrado entusiasmadas com os investimentos em criptomoedas e seguem comprando muito Bitcoin. Pelo menos é o que mostram os dados divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB) divulgados no último dia 2 de dezembro, sexta-feira.
Segundo informações da própria Receita, esse último ano recebeu uma quantidade maior de declarações do que nos anos anteriores. Dados anteriores davam conta que o recorde de compra de Bitcoin por empresas havia sido quebrado em agosto de 2022 e agora, dois meses depois, esse número já foi superado.
Sobre os dados divulgados pela RFB
No último dia 2 de dezembro, a RFB divulgou os dados das últimas declarações de imposto prestadas pelas empresas brasileiras. O que se constatou foi que o recorde de compra de Bitcoins por empresas que foi alcançado no mês de agosto deste ano já foi superado. Ao todo, cerca de 41.818 empresas declararam ter comprado BTC. Esse é o maior número de investidores pessoa jurídica desde 2019, quando ativos digitais foram incorporados na declaração anual.
Outro dado interessante dos relatórios, é que eles mostram uma baixa considerável no número de investidores pessoa física. Um pouco mais de um milhão de brasileiros declararam ter investido em Bitcoin e esse é o menor número registrado desde junho de 2022. Dentre esses investidores que são pessoas físicas, cerca de 20% são mulheres, o que mostra que, aos poucos, as mulheres estão se interessando por investimentos digitais.
Outros ativos presentes no relatório da Receita Federal
Embora o recorde de investimentos por pessoas jurídicas seja do BTC, o Tether (USDT) é a cripto que mantém o maior volume total de negociação no Brasil atualmente. Sozinha, essa criptomoeda movimentou mais de R$ 9 bilhões no período analisado. Vale registrar que o Bitcoin movimentou no mesmo período cerca de R$ 992 milhões.
Cerca de um mês antes da queda da bolsa FTX, a stablecoin de Real brasileiro BRZ teve uma procura considerável pelos investidores e teve o segundo maior número de operações registradas. Contudo, como seu preço era fixado pela FTX, não há esperanças de que registre novos recordes de movimentação.
Conclusão
Esses números divulgados pela RFB mostram que os brasileiros estão cada vez mais dispostos a investir em criptomoedas e isso não está apenas relacionado com as pessoas físicas. Com o aquecimento do mercado cripto, que deve acontecer em breve, podemos esperar que não só surjam novos investidores, mas também novas empresas dispostas a explorar o vasto mundo dos ativos digitais.