Noticiamos recentemente o colapso da FTX e o impacto que a quebra da empresa causou ao mundo dos ativos digitais. Os especialistas estão temerosos com relação ao escândalo causado pela quebra e a consequente perda da confiança no mercado que isso pode gerar nos investidores em geral.
No entanto, a quebra fez com que algumas entidades tomassem providência com relação aos valores provenientes da bolsa FTX. A emissora de criptomoedas Paxos, que faz custódia das criptomoedas para o Nubank e para o PicPay no Brasil, congelou moa de US$ 19 milhões em criptoativos vinculados a FTX. O bloqueio aconteceu por orientação e para garantir a aplicação da lei norte-americana.
O fundo bloqueado corresponde a 11.184 tokens da PAXG, que é a stablecoin nativa do ecossistema Paxos e que é lastreada por barras de ouro. Ao todo, esses tokens somados valiam cerca de US$ 19 milhões até o último fim de semana.
O bloqueio dos ativos aconteceu por recomendações dos órgãos competentes e depois que o governo das Bahamas congelou todos os ativos que tinha alguma associação com a bolsa FTX, que por acaso, tem sede no país.
A ação do governo das Bahamas ocorreu um dia antes da decretação de falência da FTX e da drenagem misteriosa em milhares de carteiras que pertenciam à bolsa em questão. O que ainda não está claro é se as transferências foram resultados da ação de algum hacker ou se aconteceram por determinação de algum funcionário ou diretor da FTX.
O que sabemos é que o conselheiro geral da FTX, Ryner Miller, se refere às drenagens nas carteiras como uma transferência não autorizada, o que levanta especulações de que a retirada tenha sido obra da ação de algum hacker.
Após todo o acontecido, as autoridades federais dos EUA ordenaram no último sábado que a Paxos congelasse todos os ativos relacionados com o token PAXG. Essa determinação está associada a pelo menos quatro endereços diversos de carteira mantidos pela Paxos.
Em nota, a Paxos afirmou que cumpriu todas as determinações prontamente e que continuará a trabalhar em colaboração com a aplicação da lei e dos órgãos reguladores. Além disso, a empresa agradeceu o empenho e a dedicação da polícia para investigar e dar uma resposta para essa questão importante.
O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores novatos, que podem perder o total do valor investido.
Outras manifestações da Paxos pós FTX
Antes do episódio de drenagem e ante a iminente probabilidade de quebra da FTX, os dirigentes da Paxos afirmaram no Twitter que a bolsa havia quebrado a confiança nos criptoativos e também na blockchain.
Eles ainda afirmaram que os eventos são resultados de atividades completamente irresponsáveis e que faltou para a FTX prática de gestão para lidar com crises financeiras. Na mesma manifestação, os diretores aproveitaram para deixar clara sua posição com relação a adoção de supervisão e regulamentação adequada, afirmando ser esse o único caminho possível.
Ao que parece, as vozes dos dirigentes da Paxos foram ouvidas e os legisladores norte-americanos emitiram novas exigências para garantir um aumento da regulamentação no setor, fazendo com que a fiscalização seja mais severa.