Após atingir o atual teto da dívida pública de US$ 31,4 trilhões há alguns meses, o Tesouro dos EUA vem reduzindo as reservas de caixa. A secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que o governo poderia ficar completamente sem dinheiro até 1º de junho, a chamada “data X”.
Ficar sem dinheiro em 1º de junho significaria que o governo dos EUA seria incapaz de pagar a dívida em títulos que vencem após essa data. Em outras palavras, os EUA poderiam ficar inadimplentes já no início de junho.
Inadimplência teria causa política, não apenas econômica
A crise é resultado da política, não da incapacidade do governo dos EUA de pagar sua dívida. Os republicanos, que controlam a Câmara, querem cortes nos gastos para aumentar o teto da dívida.
Os democratas, que controlam o Senado, querem aumentos de impostos.
É uma batalha ideológica clássica entre os dois lados. Se isso resultar em um calote, as consequências para a economia poderão ser catastróficas. Isso mesmo que se chegue rapidamente a um acordo para pagar os devedores que foram inicialmente inadimplentes e elevar o teto da dívida novamente.
A credibilidade do governo dos EUA aos olhos dos investidores de todo o mundo poderia ser irremediavelmente prejudicada. Certamente ocorreria um rebaixamento por parte de uma agência de classificação de risco, por exemplo. Algo que os brasileiros conhecem bem, de um passado não tão distante.
A consequência imediata seria o encarecimento dos custos de empréstimos. Uma alta que poderia repercutir em toda a economia e causar recessão.
Uma inadimplência também prejudicaria os mercados financeiros, com provável queda das ações.
O que acontecerá com o BTC e a ETH se os EUA entrarem em default?
Mas, calma, o cenário mais provável dos mercados parece ser de que um acordo será alcançado e a inadimplência, evitada. Os dois lados supostamente fizeram progressos após as negociações que duraram a noite toda na quinta-feira (25/05).
Em todo caso, o impacto sobre BTC e ETH de uma possível inadimplência americana está sendo muito debatido.
Por um lado, ambas os criptoativos tendem a se mover em linha com os mercados de ações.
Uma inadimplência provavelmente faria com que ambas as classes de ativos despencassem, pelo menos no curto prazo. Esse seria um reflexo de muitos investidores que enxergam Bitcoin e Ether como ativos de risco estariam vendendo em pânico.
Mas a forte recuperação do Bitcoin em relação à sua venda inicial em março, devido aos temores de uma crise bancária nos EUA, foi uma prova de um sentimento contrário. Mostrou que muitos investidores consideram BTC cada vez mais como um porto seguro contra problemas no sistema financeiro tradicional baseado em moeda fiduciária.
Inadimplência dos EUA exemplifica os problemas do sistema financeiro tradicional
Nada representa mais um problema no sistema fiduciário tradicional do que a inadimplência do governo dos EUA. Afinal, trata-se do emissor da moeda de reserva mundial (o dólar americano), que alimenta a maior parte do comércio, das finanças e do comércio global.
Qualquer liquidação inicial do Bitcoin pode se reverter rapidamente. Em consequência, pode fazer com que o BTC atinja novos máximos no ano, assim como aconteceu em março.
Com o Ether, a perspectiva é um pouco mais obscura.
A criptomoeda, muito mais nova, pode ter mais dificuldade para se beneficiar dos influxos de moeda porto-seguro. Isso dado seu histórico comprovado mais curto como um sistema financeiro alternativo robusto.
Mas é de se esperar que, se o Bitcoin atingisse as máximas no acumulado do ano depois de uma venda inicial, o Ether refletiria essa ação de preço até certo ponto.
Lembre-se de que um sistema financeiro totalmente novo está sendo reconstruído do zero na rede Ethereum (e em outros protocolos de camada 1 e camada 2 habilitados para contratos inteligentes). Ao passo que esse não é realmente o caso do Bitcoin.
No cenário mais amplo, o desastre com o teto da dívida apenas destaca as falhas do atual sistema financeiro baseado em moeda fiduciária. Há uma dívida sempre crescente que alimenta um imposto inflacionário lento, mas consistente, sobre os detentores de moeda fiduciária.
Isso só reforça o argumento a favor das criptomoedas descentralizadas, como Bitcoin e Ether.
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