A plataforma de negociação de criptomoedas CoinFLEX está passando por mudanças que são ao mesmo tempo profundas e traumáticas.
Uma postagem recente no blog da empresa, assinada pelos empreendedores que fundaram e capitaneiam o empreendimento, Mark Lamb e Sudhu Arumugam, informou que parte considerável dos funcionários foi demitida.
O corte de pessoal, que atingiu todos os setores e todas as instalações da CoinFLEX, é parte do esforço da empresa para cortar os seus gastos entre 50 e 60%. Além disso, a meta é deixar sua estrutura de um tamanho que lhe permita ter sucesso e seja considerado adequado por parceiros ou compradores em potencial.
A postagem também diz que os funcionários que foram mantidos vão concentrar sua atenção nas atividades principais da empresa, basicamente aquelas relacionadas à tecnologia e ao funcionamento da plataforma. No entanto, à medida que os negócios aumentem, a equipe possa ser expandida, a palavra de ordem daqui por diante é ter cuidado com os gastos.
Problemas na CoinFLEX já eram evidentes desde junho
Ficou claro que CoinFLEX enfrentava problemas quando, no final de junho deste ano, ela suspendeu a realização de saques pelos depositantes. Em 14 de julho, restabeleceu os saques, mas limitou-os a um décimo do que o depositante tinha em sua conta.
Outras empresas do setor de criptoativos que, em tempos recentes, viram-se forçadas por dificuldades financeiras à suspensão ou limitação dos saques dos depositantes são a Celsius e a Voyager, ambas realizadoras de empréstimos com criptomoedas.
Em 9 de julho, em postagem no blog da empresa, Lamb e Arumugam atribuíram o problema de liquidez a um calote aplicado por um usuário, o qual deixou que as suas garantias ficassem abaixo do mínimo requerido.
Normalmente, isso teria levado à liquidação de suas posições de forma automática. No entanto, o cliente em questão tinha um acordo que lhe concedia o direito de, em uma situação como essa, depositar garantias adicionais, o que, apesar de suas promessas, não foi feito.
Prejuízos da CoinFLEX passam de 80 milhões de dólares
Quando a plataforma finalmente liquidou as posições, o déficit havia chegado a 84 milhões de dólares, que a empresa busca recuperar. Com essa finalidade, explicaram os dois empreendedores, ela já deu entrada em um pedido de arbitragem no Hong Kong International Arbitration Centre (Centro Internacional de Arbitragem de Hong Kong).
Lamb e Arumugam acreditam ter argumentos suficientemente fortes para conseguirem obter ganho de causa, mas o resultado deverá demorar cerca de um ano para ser anunciado, o que significa que, nesse meio tempo, a empresa terá que encontrar outras maneiras de lidar com seus problemas.
Empresa anuncia plano de recuperação
Entre as soluções em que os dois sócios têm trabalhado para resolver os seus problemas de liquidez e ressarcir os depositantes estão a emissão de tokens para serem vendidos a investidores, a concessão de participação na empresa aos depositantes e a criação de uma parceria que bombeie recursos no negócio.
O plano elaborado por Lamb e Arumugam com a ajuda de seus advogados, quando estiver pronto, será submetido à aprovação dos depositantes. Embora nas postagens que fizeram sobre a crise por que sua empresa passa, os dois empreendedores não tenham revelado o nome do investidor, a quem atribuem responsabilidade pela situação, no Twitter um deles disse de quem se trata.
Logo depois do anúncio da suspensão dos saques, rumores começaram a circular associando a medida ao investidor Roger Ver, que usou sua conta no Twitter para negar qualquer participação. Lamb respondeu que Ver devia à CoinFLEX 47 milhões de dólares (cifra que a empresa havia anunciado inicialmente antes de recalculá-la para 84 milhões de dólares depois de levar em conta a liquidação das garantias do investidor em condições muito desfavoráveis).
Segundo Lamb, a empresa manteve contato constante com Ver para resolver a questão sem necessidade de arbitragem, opção à qual permanece aberta, e à qual ainda dá preferência.
Mesmo admitindo-se que a história seja como os sócios da CoinFLEX a contam, é muito provável que eles tenham falhado na administração dos riscos inerentes a um negócio como o deles.
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