Após o Mercado Livre anunciar medidas e funcionalidades aproximando a empresa do mundo das criptomoedas, o banco Goldman Sachs divulgou uma recomendação de compra para as ações da empresa.
Segundo relatório do banco, há bons motivos para acreditar que o GMV (Gross Merchandise Volume), o valor da receita das vendas realizadas através de canais digitais, do Mercado Livre continuará a crescer consideravelmente no futuro próximo. Essa posição otimista, aliás, vem sendo exposta por Fernando Yunes, executivo que lidera a empresa argentina no Brasil.
O Mercado Livre foi fundado em 1999 e atua em 18 países, nos quais tem, no total, cerca de 30 mil empregados, dos quais quase um terço atua no Brasil. No ano, o valor da empresa na NASDAQ, cotado em dólar, acumula baixa de pouco mais de 30%.
Nos últimos 12 meses, a desvalorização foi de 50%. É possível que, neste ponto, tendo em vista seu potencial, suas ações estejam baratas.
Acessibilidade em todo o país é uma das razões para bom desempenho do Mercado Livre
Dois dos pontos fortes da operação da empresa em nosso país, no entender do Goldman Sachs, são seu alcance e a diversidade geográfica dos consumidores que atende.
O banco estima que um terço de todos os smartphones no Brasil tenham o aplicativo do varejista instalado. Além disso, menos da metade de suas vendas são para os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, que são seus maiores mercados no território nacional.
Pelos motivos apontados acima, o relatório da citada instituição financeira recomendou a compra das ações de Mercado Livre, cujo símbolo na NASDAQ, bolsa estadunidense especialmente voltada à as ações de empresas dos setores de tecnologia e comércio eletrônico (por exemplo, Meta, Microsoft e Amazon), é MELI.
Se as previsões do Goldman Sachs confirmarem-se, o GMV do Mercado Livre crescerá 20% no terceiro trimestre de 2022 e 19% no seguinte. Isso, apesar das dúvidas quanto ao comportamento dos juros, no Brasil e nos Estados Unidos, e aos desdobramentos que terá a eleição presidencial brasileira a se realizar no final deste ano.
Emissão de CRIs do Mercado Livre foi muito bem sucedida
Além da recomendação de compra das ações do Mercado Livre, outra evidência da confiança do mercado no desempenho da empresa no futuro próximo, foi a avidez com que os investidores buscaram seus Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Estes foram emitidos recentemente para captar 1 bilhão de reais para investir em sua cadeia logística, que será expandida e modernizada. A operação de lançamento dos CRIs foi levada a cabo por três bancos: Safra, Bradesco BBI e Itaú BBA, em duas séries.
Uma delas tem rendimento equivalente a NTN-B (títulos da dívida brasileira atrelados à inflação) mais 0,63% a.a. O rendimento da outra é o do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) mais 0,88% a.a.
Além de destacar o interesse do mercado nos títulos de dívida da empresa, o diretor sênior de finanças da varejista no Brasil, Tiago Azevedo, explicou em coletiva de imprensa que a operação representa um mecanismo para a diversificação das fontes de fundos com que o varejista conta para financiar suas atividades no nosso país.
Empresa segue expandindo para novos modelos de negócio
Também recentemente, o Mercado Livre lançou uma loja online onde podem ser comprados itens ligados a ele. No momento, 15 produtos licenciados da marca estão à venda, incluindo camisetas, cadernos e até miniaturas de veículos usados pela logística do varejista, como aviões de carga da empresa e as icônicas vans que levam os produtos.
A iniciativa, chamada de Mercado Livre Lojinha, segundo a diretora de marketing da empresa no Brasil, Fernanda Schmidt, tem como finalidade satisfazer o desejo que muitos consumidores possuem de se aproximar das marcas de que gostam e de colecionar produtos ligados a elas.
A executiva afirma ser comum que, nas redes sociais, internautas se manifestassem pedindo lembranças ou brindes do Mercado Livre. Na opinião de Schmidt, com a criação do Mercado Livre Lojinha, é possível proporcionar aos interessados uma experiência interessante que aproxima empresa e consumidor.
Além disso, recentemente a empresa comprou parte do Mercado Bitcoin e lançou seu próprio token, mostrando o interesse em expandir de forma mais agressiva para o mundo cripto. Tudo isso, com o baixo valor dos papéis em comparação com o ano passado, indica que as ações do ML podem ser uma boa oportunidade de investimento.
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