O BRZ token se tornou a stablecoin não atrelada ao dólar mais negociada do mundo. Nesse post, vamos falar tudo sobre como esse projeto brasileiro se tornou um gigante do mercado global de criptomoedas
Stablecoins
As stablecoins são criptoativos vinculados a blockchain totalmente digitais, assim como as demais criptomoedas. Porém, diante da — em resposta à — famigerada insegurança de investidores, motivada, principalmente, pela notória volatilidade do mercado cripto, elas possuem lastro em alguma moeda fiduciária com caráter soberano, geralmente em dólar, com a qual mantém, ou buscam manter, paridade.
Elas não têm como razão de ser a rentabilidade e, como o próprio nome já diz, são desenvolvidas com o intuito de serem estáveis. São fortemente recomendadas para aqueles que querem iniciar suas atividades no mundo das criptomoedas, além de possuírem as mais diversas utilidades práticas, como pagamentos em geral, aliadas a integridade e rastreabilidade, que são características das criptomoedas.
As stablecoins têm seu lastro mantido em instituições financeiras, através de reservas em fundos, para legitimar a emissão de tokens, ou seja, cada BRZ possui lastro equivalente em real brasileiro, dólar e/ou criptoativos, e está sujeito a auditorias externas. Funciona como um real digital.
BRZ Token: aspectos gerais
Desenvolvido em software de código aberto, o token que utiliza a tecnologia blockchain na rede Ethereum tem origem relativamente recente.
A stablecoin tupiniquim representa, desde 2018, com a Transfero, a vanguarda deste ecossistema no Brasil e entre países emergentes, ganhando notoriedade quando recebeu investimento da Alameda Research — operação que impulsionou o valor da Transfero para mais de 50 milhões de dólares.
Hoje, é a maior stablecoin brasileira e a maior não pareada com o dólar em circulação. Dentre as suas características essenciais, além do ideal de simplificação e uso muito mais intuitivo, o token, criado pela Transfero, promete:
- estabilidade — visto que os preços são mantidos por agentes de mercado
- potencial compatibilidade com as mais importantes blockchains (Ethereum, Solana, Binance Smart Chain…)
- segurança através de smart contracts verificados pela Parsiq
- transparência através de auditorias independentes
- e a possibilidade de realizar transações em múltiplas plataformas.
Importância para o público brasileiro
A Transfero, expoente do setor presente na Argentina, Estônia, Malta, Brasil, Hong Kong, México, Bahamas e na Suíça, trouxe, com o BRZ Token, a promessa de uma maior acessibilidade ao mercado global de criptomoedas pela comunidade brasileira.
Com a aquisição do CBRL, no final do ano passado, a plataforma intensificou a sua consolidação do mercado de stablecoins no Brasil. Como o BRZ Token não é um ativo cujo valor depende exclusivamente da adesão e engajamento de investidores, em detrimento de rendimentos especulativos, esta criptomoeda permite o acesso, principalmente por parte de brasileiros, às demais plataformas descentralizadas ou exchanges globais.
Existem riscos na utilização do BRZ Token?
Por ser uma stablecoin, este criptoativo possui em seu design a ideia-chave de mitigação de riscos, sobretudo no que diz respeito a volatilidade inerente e já bem conhecida — e explorada — do mercado de criptomoedas.
Mesmo assim, não há como se excluir alguns riscos inerentes à atividade. A Transfero, de forma bastante transparente, anuncia em documentação própria os potenciais riscos desta criptomoeda, muitos dos quais se confundem e fazem parte do cenário geral que envolve o mercado de criptoativos, mas é sempre bom relembrá-los e considerá-los ao tomar decisões.
Com a compatibilidade do token com exchanges globais, o token pode ser listado em plataformas sem que a Transfero necessariamente saiba disso, de forma que, ao realizar transações com terceiros, é muito importante verificar a integridade, a autenticidade e a confiabilidade do serviço.
Assim como todas as stablecoins, o BRZ possui um certo grau de dependência para com as instituições financeiras, visto que a sua principal característica é a existência de lastro através de fundos equivalentes. Dessa forma, o token está sujeito a ações governamentais ou regulatórias e eventuais atrasos nas transações, em virtude das políticas próprias dos bancos.
E, talvez, o mais óbvio, diz respeito à irreversibilidade das operações que são realizadas em blockchain, de forma que é primordial sempre conferir se o endereço fornecido para realizar uma transação está correto, uma vez que, em caso de erro, o proprietário do endereço pode nunca vir a ser descoberto, além de ser absolutamente recomendável tomar os devidos cuidados com o armazenamento de sua chave privada.
E as desvantagens em relação aos outros tipos de criptomoedas?
As desvantagens podem depender de vários fatores e, principalmente, do perfil do investidor.
Como principal característica, o BRZ — e as stablecoins de um modo geral — não possui qualquer perspectiva de que haja valorização do investimento, de forma a trazer alguma rentabilidade, uma vez que o valor da moeda não é baseado exclusivamente em aspectos especulativos, razão pela qual esta pode não ser tão atrativa para investidores mais audaciosos.
Como faço para comprar BRZ?
Como já foi dito, o BRZ Token está listado em diversas corretoras brasileiras, como a NovaDAX, a Bitrecife, a BitPreço, a 3RZ Crypto e internacionais, como FTX, Bittrex, Crypto.com e, mais recentemente, na Bitget (no fim do mês de maio de 2022), plataforma com uma base de mais de 2 milhões de usuários.
Para adquirir o ativo de uma forma mais nativa, por assim dizer, basta acessar crypto.transfero.com, realizar o cadastro na plataforma, clicar na guia “Depositar”, depois em “Bancário” e, desta forma, o que for depositado, inclusive com suporte a operações via PIX, será, então, convertido para BRZ.
Além disso, o BRZ token pode ser negociado em diversas plataformas de negociação de criptomoedas internacionais.
O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores novatos, que podem perder o total do valor investido.
Curiosidades BRZ Token
A realização de patrocínio em eventos das mais diversas naturezas, de forma a gerar visibilidade para o mundo das criptomoedas, é uma tendência em ascensão.
Considerando a importância de realizar uma ponte entre os investidores e o mercado internacional de criptomoedas, a Transfero inovou, em maio deste ano, ao realizar uma parceria com a Red Bull, com o intuito de premiar os atletas de um campeonato de surf com valores em BRZ Token.
Esta foi a primeira edição da competição em uma piscina de ondas artificiais e, também, a primeira vez em toda a história em que surfistas foram premiados com criptomoedas em um campeonato deste tipo.
Com o título de maior stablecoin não dólar do mundo, no mês de abril de 2022, foram quase 14 milhões de $BRZ negociados em bitcoin em apenas 24 horas, tendo atingido, dessa forma, a marca de 1 bilhão em circulação, em 28 de maio do mesmo ano.