bolsas de ações

A semana de negociação de ações da B3 que acabou de se encerrar foi a última do mês de setembro, do trimestre e a última antes da votação do primeiro turno da eleição brasileira de 2022. Nela, o Ibovespa, que é o mais importante índice do mercado acionário nacional, acumulou queda de 1,50%, apesar da alta de 2,20% na sexta-feira.

Na semana, os principais índices do mercado acionário americano, Dow Jones, Nasdaq e S&P 500, caíram, respectivamente, 2,9%, 2,7%, e 2,9%.     

No mês de setembro, porém, o Ibovespa subiu 0,50%. No trimestre, a alta acumulada foi de 11,66%. Em contraste, no trimestre, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, caíram,  respectivamente, 6,6%, 5,28% e 4,11%.

Entre os motivos do mau desempenho do mercado acionário estadunidense, destaca-se a atuação do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que tem elevado os juros para combater a inflação, que chegou ao seu mais alto patamar desde o começo dos anos 80. Com isso, o consumo e o investimento acabam comprimidos.

Ações de destaque na última semana

As três ações que mais se desvalorizaram na semana foram RDOR3 (Rede D’Or), SULA11 (SulAmérica) e MRFG3 (Marfrig), cujas cotações caíram, respectivamente, 13,73%, 13,66% e 12,27%. 

No dia 29 de setembro, o Itaú BBA divulgou uma atualização de suas previsões para a operadora de hospitais, revisando para baixo o crescimento esperado dela, o que não impediu o banco de manter a recomendação de compra de RDOR3. A ação da Rede D’Or desvalorizou-se 10,56% no mês e 33,2% no ano.

Durante a semana, SULA11, ação da SulAmérica, operadora de seguros, de planos de previdência e de planos de capitalização, teve sua maior desvalorização em um único pregão em mais de 8 meses: 5,68% no dia 26 de setembro, segunda-feira. No mês, a ação acumulou baixa de 10,69%. No ano, ela desvalorizou-se 19,75%.

A forte possibilidade de que a economia global entre em recessão e, em consequência, a demanda por carne diminua, fez com que os papéis de frigoríficos perdessem valor na semana. Dentre eles, como se pode ver, o maior perdedor foi MRFG3. No mês, sua cotação caiu 24,94%. No ano, a desvalorização já é de 51,59%.

Destaques positivos

As três ações que mais se valorizaram na semana foram CYRE3 (Cyrela), SBSP3 (Sabesp) e YUDQ3 (YUDQS), cujas cotações subiram, respectivamente, 9,49%, 6,9% e 5,32%.

Entre os motivos da valorização dos papéis de Cyrela, provavelmente, está a suposição de que a interrupção do ciclo de alta dos juros, se perdurar, favorecerá o setor de construção. CYRE3 subiu 29,59% no mês de setembro. No ano, a alta acumulada da ação é de 20,88%.

Especulações quanto à possibilidade de que a Sabesp venha a ser privatizada colaboraram para a alta de SBSP3, que acumulou no mês valorização de 0,92%. No ano, esse papel valorizou-se 25,63%.

O ciclo de elevação dos juros afetou de forma muito negativa a YUDQ3, que acumulou no ano queda de 29,2%. É bastante provável que suas valorizações recentes (no mês, sua cotação subiu 17,38%) devam-se ao interesse dos investidores em tirar vantagem do desconto que o papel da empresa do setor de educação sofreu e da expectativa de aumento do número de alunos. 

O investimento em renda variável é arriscado. Não invista dinheiro que não pode perder e estude bastante antes de investir.

Eleições no começo de outubro não devem ter impacto tão grande nas ações

É provável que, no futuro próximo, fatores internacionais como o comportamento das economias americana, chinesa e europeias e dos respectivos bancos centrais e o desenrolar do conflito entre Rússia e Ucrânia, importem mais do que o resultado da eleição presidencial.

Isso porque o mercado já deve ter precificado os resultados considerados mais prováveis: a vitória do ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas de intenção de votos, e a reeleição do atual chefe de governo, Jair Bolsonaro.

No entanto, depois de conhecido o veredito das urnas, não é impossível que surjam especulações quanto ao que mudará nas políticas governamentais e como essas transformações vão se refletir na economia.

Muito provavelmente, alguns setores da economia serão beneficiados, e outros, prejudicados, mesmo que apenas comparativamente.

Setembro foi de estabilidade no mercado cripto, mas futuro é incerto

Quanto às criptomoedas, é muito difícil dizer como exatamente se comportarão. Há algumas razões para isso além das incertezas quanto ao cenário macroeconômico à frente. Trata-se de uma classe de ativos muito voláteis e, ademais, relativamente recentes, o que significa que não há sobre eles muita informação sobre como reagem a diferentes climas econômicos.

Embora neste ano as cotações das principais criptomoedas tenham caído consideravelmente, esses ativos têm, recentemente, mostrado mais resiliência do que o mercado acionário americano, por exemplo.

Ainda mais diante de más notícias, como os dados de inflação mais recentes nos Estados Unidos e na Europa, e expectativas negativas, como as de desaceleração das economias americana e chinesa.

Na opinião de Raoul Pal, ex-executivo do banco Goldman Sachs que agora dirige a publicação financeira Global Macro Investor, criptomoedas como o Bitcoin têm um grande potencial como proteção do patrimônio contra a inflação, o qual começa a ser percebido pelas empresas. Nesse caso, é possível que o aumento da demanda faça com que se eleve a cotação desses ativos nos próximos meses.

Criptoativos são um investimento de alto risco e podem não ser indicados para novatos.

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