O mercado de ativos digitais não para de crescer e tem se tornado cada vez mais popular entre as pessoas de todo o mundo. Com cerca de 5 milhões de detentores de NFTs, o Brasil alcançou o título de segundo país com maior número de possuidores dos tokens não fungíveis, atrás apenas da Tailândia, que foi considerada a campeã em número de usuários. Os dados são provenientes da pesquisa Statista Digital Economy Compass 2022, realizada pela Statista, que é uma plataforma bastante conhecida por apresentar estatísticas de mercado.
O crescimento da adoção de NFT entre os brasileiros pode ser atribuída a diversos fatores. Um deles é a popularização dos jogos play-to-earn baseados na tecnologia blockchain, que oferecem recompensas em NFTs, os quais podem ser negociados pelos usuários dentro das próprias plataformas de games ou convertidos em moedas fiduciárias. Além dos jogos, tem se tornado muito comum o interesse dos brasileiros em coleções NFT, como a Bored Ape Yacht Club (BAYC), líder do mercado com suas fotos colecionáveis de macacos gerados por algorítimos e que oferece privilégios exclusivos aos seus detentores.
Os empréstimos peer-to-peer também estão se tornando uma alternativa que explora o potencial dos NFTs, já que as partes podem negociar entre si os termos que serão estabelecidos no contrato e envolver criptos nas negociações. Além disso, o aluguel de NFTs, em que os locatários passam a ser detentores por um tempo pré-determinado, com a devolução do ativo ao seu dono no final do período, tem se apresentado como uma prática bastante adotada por investidores do mercado.
Com tamanha popularidade dos ativos digitais entre a população brasileira, a regulação do mercado passou a ser uma preocupação legislativa. Está em trâmite o Projeto de Lei n. 4401/2021, que trata sobre a polêmica regulamentação do mercado de criptomoedas. O projeto costuma ser alvo de muitas críticas, principalmente por aqueles que acreditam que a regulamentação do mercado pode levar a ruína toda a inovação proporcionada pelas transações envolvendo os ativos digitais, aproximando-os das moedas fiduciárias.
Por outro lado, os defensores da regulamentação acreditam que a aprovação do Projeto de Lei n. 4401/2021 vai tornar possível a compra de empresas nacionais pelas maiores exchanges do mundo, além de oferecer ainda mais credibilidade ao mercado de ativos digitais, o que vai trazer, consequentemente, um maior número de investidores estrangeiros para o Brasil.
O investimento em criptoativos pode não ser adequado para investidores novatos, que podem perder o total do valor investido.