A Netflix tem trabalhado fortemente em sua tecnologia na coleta e análise de dados do usuário, o que impulsiona seu crescimento e permite que a gigante do streaming permaneça no topo da indústria.
Esses dados desempenham um papel crucial, auxiliam na decisão sobre quais programas e filmes produzir, além de renovar e indicar aos telespectadores por meio do famoso algoritmos de recomendação da empresa, segundo um relatório recente do Wall Street Journal.
Desde os conteúdos novos e originais como “O Gambito da Rainha” e “Round 6”, ou que fazem parte de uma franquia existente como “Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton” ou temporadas repletas de sucessos como “Stranger Things”, a Netflix conta com dados do usuário para conduzir o seu triunfo.
Atualmente, a Netflix compartilha alguns desses dados particulares com os criadores de conteúdo e também divulga listas públicas dos top 10 filmes e séries mais vistos na semana.
No entanto, dependendo das greves contínuas de escritores e atores de Hollywood, a empresa pode ser obrigada a compartilhar ainda mais esses dados.
Os dados dos usuários se tornaram uma moeda de troca valiosa nas negociações e desenvolvimento de contratos, conforme os atores e escritores argumentam por uma compensação justa com base nos dados que determinam o sucesso e a rentabilidade de suas séries.
Em entrevista ao SWJ, Michael Wayne, professor assistente de mídia e indústrias criativas da Erasmus University, destacou a importância da posse de dados nessas negociações.
Ele dá destaque a primeira grande série original da Netflix, “House of Cards”, que ainda tem valor para a empresa, apesar de ter uma década de existência.
“Enquanto as pessoas que estão fazendo conteúdo para a Netflix não souberem o valor de seu trabalho, a plataforma terá uma vantagem na mesa de negociações”, diz Wayne. “Os dados são fundamentais para isso.”
A Netflix ainda não divulgou totalmente seus dados internos
Embora a Netflix tenha começado a compartilhar mais dados com os produtores nos últimos anos, a empresa não tem incentivo para divulgar completamente seus dados internos.
Marshini Chetty, uma professora associada de ciência da computação na Universidade de Chicago, disse ao WSJ que além dessas divulgações limitadas, a Netflix mantém uma falta de transparência em relação às suas práticas de coleta de dados.
Isso oferece à empresa uma vantagem significativa no setor de streaming, permitindo reter assinantes por meio de conteúdo original sem incorrer em custos excessivos.
A capacidade da Netflix de utilizar dados colocou a empresa como líder na indústria de streaming. A empresa adicionou 5.9 milhões de assinantes no último trimestre e seus lucros continuam a aumentar a cada dia mais.
A Netflix atribuiu parte de seu sucesso à sua abordagem na repressão ao compartilhamento de senhas.
Além disso, a empresa se orgulha de ocupar a posição de melhor série de streaming original nos EUA em todas, exceto uma das primeiras 25 semanas de 2024.
Por outro lado, concorrentes como a Disney têm sofrido perdas financeiras em suas iniciativas no streaming.
Lei da Califórnia revela como a Netflix pode usar a coleta de dados a seu favor
Uma lei da Califórnia, apelidada de Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia, trás mais atenção sobre as práticas de coleta de dados da Netflix e revela como a empresa pode aproveitar esses dados a seu favor.
A lei, que entrou em vigor em 2020, exige que as empresas forneçam aos clientes os dados coletados mediante solicitação.
Pesquisadores descobriram que os dados da Netflix incluem relatórios detalhados de cada conteúdo com o qual um usuário interagiu desde a criação de sua conta.
Essas informações abrangem o tempo de duração da visualização, a localização e o uso do dispositivo.
Além disso, a Netflix possui uma visão sem precedentes sobre as preferências dos usuários, possibilitada por registros detalhados de seus padrões de navegação e interações nos menus do serviço.
A plataforma de streaming reconheceu que esses dados são fundamentais para alimentar seu algoritmo de recomendação e também para influenciar os testes de diferentes versões de visualizações, desde miniaturas e até outros conteúdos.
Em resumo, a dependência da Netflix em relação aos dados dos usuários tem se mostrado fundamental para sua dominação na indústria de streaming.
Ao coletar e analisar dados, a empresa é capaz de tomar decisões estratégicas sobre suas ofertas de conteúdo, ao mesmo tempo que mantém os assinantes e maximiza os lucros.
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Repressão de compartilhamento de senha da Netflix começa a dar frutos
A Netflix iniciou uma repressão ao compartilhamento de senhas à medida que a empresa explora novas maneiras de atrair mais clientes.
Em sua carta aos acionistas do primeiro trimestre de 2023, o maior serviço de streaming do mundo confirmou que iniciará uma “ampla implantação” de seu plano de repressão ao compartilhamento de senhas da plataforma no segundo trimestre do ano.
Como parte do plano, qualquer “aproveitador da Netflix”, indivíduos que utilizam a conta no streaming de um amigo ou membro da família gratuitamente e, que vivem em outro domicílio, não conseguirão acessar aquela conta.
O anúncio veio alguns meses depois que a Netflix testou seu plano de repressão ao compartilhamento de senhas no Canadá, Nova Zelândia, Espanha e Portugal.
Na sua mais recente comunicação aos acionistas, a Netflix reconheceu que, tal como ocorreu durante o teste realizado na América Latina em 2022, houve inicialmente uma redução no número de assinantes nesses quatro países após a implementação da repressão ao compartilhamento de senhas da empresa.
No entanto, a empresa observou um aumento no número de novos assinantes pagos, assim como um aumento nas assinaturas de pacotes para “membros adicionais”.
Netflix's password sharing crackdown worked.
The streamer added nearly 6 million subscribers after implementing its new password sharing policy. pic.twitter.com/jnDpp6qR3Q
— Derek Strickland (@DeekeTweak) July 25, 2023
Além disso, a Netflix tem sido uma das primeiras empresas de streaming a introduzir planos mais baratos com suporte a anúncios para atrair clientes e compensar as perdas.
Em maio, a empresa divulgou que seu plano de streaming com suporte a anúncios, lançado em novembro passado, alcançou quase cinco milhões de usuários ativos mensais.
O plano básico com suporte a anúncios da Netflix está atualmente com preço de R$18.90 por mês e representa uma alternativa de custo reduzido em relação às ofertas padrão da Netflix, que começam em R$ 39.90 por mês.
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