O Open Finance já tem algum destaque no sistema bancário nacional, agora, cada vez mais vai se popularizando o uso de tokens, os quais vão ganhando diversas aplicações nos mais diferentes campos de atividade. Eles poderão, por exemplo, vir a ser usados como recompensas em um sistema que está sendo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil.
Esse sistema, que vem sendo chamado de “Poupança de Dados”, deverá permitir que os usuários de bancos, fintechs e outras instituições do sistema financeiro nacional compartilhem, se quiserem, seus dados e ganhem tokens com isso. Os ativos poderiam então ser usados para comprar produtos e serviços, ou até mesmo ser trocados por dinheiro.
Poupança de Dados é mais um dos componentes do Open Finance no Brasil
Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o sistema Poupança de Dados seria uma forma de dar aos usuários mais controle sobre seus próprios dados.
Além disso, seria um fator que poderia auxiliar na redução dos custos das operações financeiras, colaborando para a inclusão financeira dos desbancarizados e sub-bancarizados, além de aumentar a concorrência entre os atores do sistema financeiro.
A Poupança de Dados está sendo planejada no contexto do Open Finance (Finanças Abertas), iniciativa do Banco Central do Brasil, que, com o objetivo de promover a inovação, a eficiência e a transparência, permite a troca de informações, autorizada pelo cliente, entre as instituições financeiras participantes.
O Open Finance atua de forma a criar um ambiente de negócios que seja mais inclusivo, seguro e inovador, capaz de criar produtos e serviços que atendam às necessidades específicas de cada cliente. O sistema vem sendo introduzido por etapas.
Open Finance e a Poupança de Dados podem revolucionar a forma como os dados são compartilhados
Como explicou Campos em uma entrevista recente à gestora de ativos BlackRock, quanto mais dados sobre cada cliente o sistema financeiro possuir, menor será a assimetria de informações que existirá. E, consequentemente, menor será o custo das operações.
Com isso, os bancos e demais empreendimentos do setor financeiro poderão desenvolver produtos e serviços personalizados que atendam às necessidades específicas dos clientes. Uma solução viável para o problema da assimetria de informações, conforme o presidente do Banco Central, é a implementação de um agregador. Essa ferramenta teria a função de gerar, armazenar e indexar apropriadamente as informações dos clientes.
Estas informações, então, seriam trocadas por tokens, que poderiam ter uma relação com o Real Digital, que o Banco Central vem desenvolvendo.
O sistema Open Finance e a Poupança de Dados podem revolucionar a forma como os dados são compartilhados. E usados no sistema financeiro. Os benefícios que a Poupança de Dados poderá ter incluem os seguintes:
- Maior controle que os usuários dos serviços financeiros poderão exercer sobre seus dados;
- Redução do custo das operações financeiras;
- Aumento da concorrência entre os participantes do sistema financeiro, como bancos e fintechs, o que deverá resultar em melhores condições e menores custos para a disponibilização aos clientes de produtos e serviços;
- Incentivo à inovação, com a criação de novos produtos e serviços que poderão ser desenvolvidos com base nas informações sobre os clientes obtidas e indexadas; e
- Oportunidades para que os usuários ganhem dinheiro com o compartilhamento de seus dados.
Real digital e tokenização são parte fundamental do Open Finance no Brasil
Embora não tenha sido abordado na entrevista o cronograma de implementação da Poupança de Dados, em outras apresentações, Roberto Campos afirmou que ela deveria vir depois do lançamento do Real Digital, que está prevista para o final do ano que vem.
Como o nome indica, o Real Digital será uma moeda virtual oficial do nosso país. Ele será uma extensão do real a ser transacionada no ambiente digital, mas sem possibilidade de conversão em cédulas. O real será produzido e regulado pelo Banco Central conforme a política monetária que este estiver implementando.
Em evento recente, Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central, afirmou que o sistema financeiro brasileiro poderá ser revolucionado pelo sistema de tokenização que deve ser implementado com base no Real Digital.
Ele afirmou que as moedas digitais de bancos centrais constituem um fator novo e, com a crescente integração das criptomoedas ao resto da economia, podem se tornar importantes fatores para o desenvolvimento nacional. O tema tokenização é importante, afirmou Damaso em evento recente, e, por isso, está recebendo a atenção do governo.
No mesmo evento em que falou Damaso, Denise Cinelli, executiva no Brasil da exchange CryptoMarket, demonstrou otimismo com relação ao Real Digital. Na opinião dela, o real digital é um exemplo sofisticado de moeda digital de banco central cuja implementação bem-sucedida tem potencial para impulsionar o país a outro patamar no conjunto da economia mundial.
A tokenização abre novas oportunidades em diversos setores
A tokenização pode mudar radicalmente como são conduzidas várias atividades. Em artigo publicado no site InfoMoney em 25 de julho, Gustavo Cunha, tratou do uso de tokens no mercado imobiliário.
Segundo ele, em recente live da startup Netspaces, que trabalha em soluções baseadas em blockchain para o mercado imobiliário, o CEO da empresa, Andreas Blazoudakis, apresentou uma possibilidade interessante: o uso de tokens para financiamento e viabilização de compras de imóveis.
O imóvel em questão pode ser tokenizado. E o interessado na aquisição dele compraria os tokens relativos a uma parte considerável do imóvel. Como, por exemplo, 50%. Então, o comprador entraria em um contrato com os detentores do resto dos tokens para comprá-los segundo um cronograma definido, suponhamos, de 20 anos.
Conversão de imóveis em tokens para lastrear empréstimos
Cunha observou em seu artigo que a possibilidade mencionada por Blazoudakis nunca lhe tinha ocorrido. Mas que ele já tinha pensado em outra possibilidade envolvendo imóveis. Trata-se da conversão deles em tokens que seriam usados para lastrear empréstimos.
Embora admita que essa solução ainda não esteja disponível, ele afirma que, do ponto de vista da tecnologia, ela já é viável. O ponto interessante é que, com a pulverização dos imóveis em tokens, um investidor poderia comprar partes de imóveis em locais bastante diversos.
Algumas plataformas já vêm tentando desenvolver o conceito. Um exemplo é o Metropoly, plataforma que permite o uso de tokens não fungíveis para o investimento fracionado em imóveis de forma a tornar negociações imobiliárias, mesmo aquelas envolvendo propriedades em pontos bem distantes do investidor. Trata-se de algo tão simples e rápido quanto já é a negociação de ações através de um home broker.
Investimentos em criptomoedas envolvem operações de alto risco e podem não ser indicados para novatos.
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