Uma novidade chamou a atenção do mercado, que está cada vez mais digital. A Bolsa de Valores B3 criou uma empresa de negociação de ativos digitais que também vai fornecer uma infraestrutura blockchain inovadora. A ideia é possibilitar que qualquer exchange ou empresa do mercado tradicional de investimento possa oferecer criptomoedas para seus clientes.
O que sabemos sobre a atuação da B3 Digitas?
A B3 Digitas é um ramo da já conhecida B3, que é uma das principais empresas de infraestrutura do mercado financeiro em atuação. A B3 atua em bolsas do mundo todo e é muito conhecida no mercado, por ser uma sociedade de capital aberto com ações negociadas no Novo Mercado.
Segundo a campanha de divulgação da B3 Digitas, a empresa trabalhará com tecnologia e inovação para as empresas interessadas em oferecer criptomoedas em suas plataformas. O sistema de serviço será oferecido na modalidade “cripto as a service” (Caas) e o formato será “white label”.
O serviço oferecido vai além disso, pois algumas opções poderão ser personalizadas para as necessidades de cada cliente. Esse modo de operação é bastante conhecido no mercado, empresas como a Paxos, que é mantenedora do Nubank, PicPay e Mercado Pago. No Brasil, o Mercado Bitcoin oferece serviços neste mesmo sistema.
A B3 Digitas já tem os seus primeiros clientes
A primeira empresa a comprar as ideias da B3 Digitas é o Banco Inter, que também tem uma forte atuação no mercado brasileiro. Usando os serviços da B3, o banco passa a oferecer negociação de algumas criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, Tether, Litecoin e Ripple.
Com isso, os clientes do Banco Inter podem fazer a conversão das suas moedas de forma automática e realizar a compra em real, sem complicações. O modo de uso é bastante simples. O cliente interessado deve entrar na área de criptomoedas no aplicativo do banco, selecionar suas moedas de preferência e definir o valor que deseja investir. É possível investir em criptomoedas com pouco valor, a partir de R$ 1,00.
Questões regulatórias
A regulamentação em torno das criptomoedas e dos serviços ligados aos investimentos digitais ainda não está em completo funcionamento no Brasil. Por mais que exista uma lei sobre o assunto, o marco das criptomoedas, existem muitas coisas que estão sendo discutidas em termos legislativos.
Portanto, por adequação à legislação e respeitando questões operacionais e regulatórias, a B3 Digitas foi completamente apartada da bolsa de valores. Por mais que os serviços oferecidos pela empresa representem um avanço tecnológico e possibilitem mais alcance de mercado para traders de criptomoedas, eles ainda não serão negociados na bolsa de valores, como ações.
Isso quer dizer que, mesmo que sejam negociadas por empresas atuantes na bolsa, as criptomoedas não serão negociadas como uma categoria de ativos ou exibidas em uma conta de custódia dos clientes. Na bolsa de valores, as ordens ou pedidos dos clientes são processadas pelas corretoras e levadas para a bolsa para uma espécie de conferência. Os pedidos são fechados apenas se as características de preço e volume disponíveis no momento forem adequadas às expectativas do cliente.
Diferente disso, no mundo das criptomoedas, as compras dos investidores são encaminhadas e fechadas na própria exchange. Essas exchanges atuam como provedores de liquidez e tem um alcance global e quase ilimitado. Ou seja, os tokens podem ser comprados e vendidos por qualquer investidor, que pode estar em qualquer lugar do mundo.
Por isso, as atividades da B3 Digitas precisam ser feitas de modo apartado da bolsa de valores convencional.
Dirigentes da B3 Digitas estão animados com a atuação da empresa
Para Jochen Mielke, CEO da B3 Digitas, a empresa definiu pelo menos duas estratégias de negócios diferentes. Para futura negociação na bolsa, a empresa destinou ETFs de criptomoedas, como é o caso da Hashdex, por exemplo, além de outros ativos que possam ser considerados valores mobiliários. Já os tokens originais do mercado cripto, como o Bitcoin, por exemplo, serão reservados para comercialização na B3 Digitas.
Além disso, a B3 Digitas se orgulha de trazer para o mercado uma inovadora infraestrutura e também um serviço de prova de reservas para as áreas de compliance de seus clientes. Com isso, os clientes institucionais poderão fazer a checagem de seus ativos digitais e garantir a liquidez de seus ativos, diferente dos modelos de liquidação e custódia usados comumente.
Ainda segundo as palavras de Jochen Mielke, a empresa espera que possa trazer para o mercado de capitais as melhores experiências e práticas operacionais e de governança.
A B3 Digitas tem atuação ousada
Em meio a pendências de regulação no campo das criptomoedas no mundo todo, oferecer ativos convencionais e criptomoedas na mesma empresa é uma estratégia ousada, mesmo com a separação dos ativos em bolsas diferentes.
Contudo, vale lembrar que essa estratégia está dando certo na atuação de bolsas conhecidas no mercado, como a Nasdaq. Já a Nyse Euronext, que é controladora da bolsa de Nova York, tem uma abordagem mais conservadora quando se trata do uso da tecnologia, mas ainda assim adota a separação dos ativos. Isso quer dizer que a B3 Digitas está no caminho certo.
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