Uma recente decisão judicial está atraindo os holofotes da mídia. O juiz federal da 23° Vara Federal de Curitiba, Nivaldo Brunoni, concedeu liberdade provisória para Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como “Sheik das Criptomoedas”.
Francisley esteve preso por pouco mais de sete meses, após ter sua prisão preventiva decretada em novembro de 2022. Ele é suspeito de chefiar um golpe envolvendo criptomoedas, que movimentou ilegalmente cerca de R$ 4 bilhões. A prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e Francisley ficou preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, que fica na região metropolitana de Curitiba, capital paranaense.
Com relação à decisão que determinou a soltura do “Sheik das criptomoedas”, o juiz Nivaldo Brunoni afirmou que não há mais riscos à ordem pública e nem prejuízos decorrentes da concessão da liberdade. Ele deixou claro, também, que os prazos legais para determinar a prisão preventiva já passaram.
O que acontece agora?
Embora esteja em liberdade novamente, Francisley Valdevino da Silva deverá cumprir algumas determinações, que funcionam como condições para estar em liberdade. Essas medidas foram fixadas pelo juiz no momento da decisão de soltura, e caso “Sheik” não cumpra alguma delas, pode voltar para a prisão.
Dentre as determinações, está a proibição de sair da comarca em que reside. Isso significa que ele está proibido de sair de Curitiba e não pode ficar fora da sua residência mais de oito dias consecutivos sem pedir autorização ao judicial. Além disso, toda e qualquer mudança de endereço também deverá ser comunicada.
Francisley também está proibido de manter contato ou frequentar as empresas que fazem parte do grupo econômico investigado; e não pode exercer nenhuma atividade de natureza financeira, por suspeita de que possa usar essas atividades para práticas de infrações penais.
O contato com qualquer outro investigado ou ainda testemunha do crime também está proibido e Francisley não pode entrar em contato com nenhuma suposta vítima do golpe aplicado. Por fim, ele deve comparecer em juízo todas as vezes que for intimado para isso e não pode deixar o país, pois teve o seu passaporte retido pela justiça.
Outros detalhes sobre o caso
O suposto golpe aplicado por Francisley Valdevino da Silva não é novo. isso porque ele começou a esquematizar o seu negócio envolvendo criptomoedas no final do ano de 2016. Antes disso, Francisley exerceu outras profissões que não tinham ligação com o mundo cripto, como venda de aquários, além de ter sido empresário envolvido em esquemas de marketing multinível.
A atuação de Francisley foi possível após a criação de centenas de empresas, várias delas de fachada. Depois disso, para aplicar o golpe e atrair as vítimas, ele prometia pagar rendimento muito acima da média normal do mercado. Os valores eram superiores a 13,5% ao mês. Para justificar o alto rendimento, ele afirmava que os negócios eram feitos envolvendo uma suposta locação de ativos digitais.
Esse tipo de negócio versado na locação de ativos digitais não é utilizado por empresas sérias do ramo de criptomoedas, tendo em vista que as criptomoedas são altamente voláteis e com trajetórias difíceis de prever. Mais difícil ainda é determinar um rendimento inerente às moedas ou ao mercado.
Os negócios do “Sheik das Criptomoedas” começaram a dar errado e a levantar suspeitas no ano passado, quando os clientes passaram a perceber que haviam sido enganados e que não receberiam os rendimentos pretendidos.
Casos semelhantes ao Sheik das Criptomoedas
O caso de Francisley não é o primeiro a ganhar a mídia e chamar a atenção para um golpe envolvendo criptomoedas. Recentemente, uma empresa localizada no Rio Grande do Norte foi acusada de prometer dobrar os valores de investimentos dos seus clientes, caso pudessem usar seus Bitcoin para transações. Após denúncias de clientes que se sentiram lesados, o Gaeco iniciou as investigações e constatou fraudes da empresa.
No estado do Rio Grande do Sul, as autoridades desmantelaram um esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas. Os acusados, que não tiveram seus nomes informados, ofereciam investimentos em criptos e prometiam para os investidores lucros altos e em tempo recorde. Assim que as vítimas tentavam reaver seu dinheiro, percebiam que haviam caído em um golpe e que a empresa não daria retorno. Após as investigações, foram realizadas algumas apreensões em Passo Fundo e Santo ngelo.
Além desses casos, recentemente a Polícia Federal deflagrou uma operação chamada Poyas, que tinha por objetivo apurar crimes contra a economia e o sistema financeiro nacional. Nessa operação, foram cumpridos cerca de 20 mandados de busca e apreensão em diversas cidades no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Saiba como evitar golpes no mercado de criptomoedas
O mercado de ativos digitais é muito volátil. Por isso, sempre que se deparar com uma oferta muito vantajosa, desconfie. Não existe fórmula mágica e sempre há risco de perder dinheiro, portanto, nunca invista mais do que você pode efetivamente perder.
Antes de fazer qualquer investimento ou depósito, verifique a cotação da criptomoeda escolhida e pesquise muito sobre a empresa que está oferecendo o negócio, especialmente se for pouco conhecida no mercado.
Uma dica para evitar a ação de empresas golpistas é sempre procurar as corretoras que são referência no mercado. Os especialistas sempre recomendam empresas como a OKX, que é uma das maiores exchanges do mercado, com uma excelente gama de investimentos possíveis e que lista as melhores criptos do mercado, além de cobrar taxas justas e transparentes.
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