A Febraban – Federação Brasileira de Banco – anunciou na última terça-feira que criou um grupo para apoiar o desenvolvimento do Real Digital que está sendo desenvolvido pelo Banco Central do Brasil. Neste primeiro momento, foram anunciados 15 bancos que ajudarão nos testes com a nova moeda.
Segundo manifestações, o foco do grupo é promover debates sobres questões técnicas, tais como a segurança do ativo, resiliência, interoperabilidade e até mesmo a escalabilidade da nova moeda digital.
O que diz a Febraban?
A Febraban é a principal entidade representativa dos bancos brasileiros e conta com cerca de 119 instituições financeiras associadas no momento. A entidade foi criada em 1967 e acompanha o cenário e desafios do sistema bancário nacional desde então. Ao que parece, a entidade está antenada com os novos rumos da financeirização e da tokenização e quer fazer parte dessa página da história.
Segundo declaração de Leandro Vilain, que é diretor executivo de Inovação da entidade, o primeiro caso de uso do real digital deve ser aplicado às empresas brasileiras. Ele afirmou que, a princípio, o ativo não deve ser usado em larga escala por pessoas físicas e que eles estão trabalhando em um infraestrutura que permita a tokenização e a instrumentalização dos depósitos. Com isso, a ideia é abrir um leque de oportunidades para outros produtos e serviços do sistema financeiro. Além disso, Vilain explicou que o projeto deve ser seguro e eficiente, pois está embasado em uma plataforma blockchain.
Real Digital, o caminho até aqui
A criação de uma moeda oficial digital é um assunto que vem sendo debatido há muito tempo. Tanto é verdade que em 2020 foi criada a portaria 108.092/2020 para realizar um estudo sobre a viabilidade de uma emissão de uma moeda digital no Brasil. Contudo, em 2022 foi efetivamente anunciado o início dos testes para o começo de 2023.
Com o início dos testes, o Banco Central do Brasil teve um papel fundamental na organização e na implementação dos primeiros testes. Isso porque, eles fizeram a criação de um grupo de trabalho que visava discutir a tokenização e também a criação do Real Digital. Depois disso, alguns atores do mercado também encontraram papéis importantes nesse processo.
Esse é o caso da Parfin, que é uma empresa que oferece estruturas para a Web3 e que vai lançar a blockchain Parchain, que é uma rede nova que poderá ser usada para transacionar o Real Digital, já que tem todas as características que o Banco Central procura para os testes, como ser privada e permissionada.
Semelhanças com o PIX
Embora existam comparações entre as operações do Real Digital com o PIx, a verdade é que o foco dos dois é o mesmo, facilitar transações e aumentar o número de brasileiros adeptos das transações financeiras online. Mas a operação do ativo será diferente. O PIX movimenta valores que estão em contas bancárias e são referentes aos valores de dinheiro emitido pelo banco central. Ou seja, é um transferência ou pagamento que acontece de modo eletrônico, da mesma maneira que ocorre quando se usa um cartão de débito ou transferência eletrônica.
Já o funcionamento do Real Digital será diferente. Ao que parece, a emissão da moeda digital será feita de maneira tokenizada e de forma privativa por instituições financeiras privadas, não pelo Banco Central. Isso quer dizer que o Real Digital deve funcionar mais como investimento do que moeda circulante, embora não seja esse o principal objetivo.
Contudo, dado ao sucesso que faz o PIX, que atualmente conta com mais de 144 milhões de usuários no país, há grandes chances de que o Real Digital circule de forma efetiva e seja um produto de ampla aceitação no mercado brasileiro.
Impactos do Real Digital no mercado cripto brasileiro
Sabemos que o Brasil é um dos mercados mais emergentes quando o assunto é ativos digitais e expansão do mercado. Cada vez mais os brasileiros conhecem e buscam se inserir no mundo cripto, buscando um investimento rentável e que traga bons lucros. Esse movimento deve se intensificar nos próximos tempos, pois há um aumento de crises econômicas e quebra de confiança em investimentos tradicionais, o que pode aumentar o interesse dos brasileiros em criptos.
Depois do agravamento da inflação norte-americana e o anúncio de mais um aumento na taxa de juros, houve uma queda considerável em índices que medem as atividades de bolsas de valores, como o índice Dow Jones, que teve uma queda de 1,38% apenas no período de operação de hoje.
Isso quer dizer que, ter uma moeda digital que representa o Real, criada e chancelada em todas as suas etapas pelo Banco Central do Brasil pode ser um enorme impulso na consolidação do Brasil como um dos melhores e maiores mercados do mundo. E também pode alavancar a adoção de mais iniciativas voltadas para o mercado cripto, como a adoção de criptomoedas para o pagamento de impostos, por exemplo.
Como começar a investir no mercado de ativos digitais?
O mercado cripto é cheio de opções e boas oportunidades, devendo ser considerado uma ótima opção para quem quer ter rendimentos e ter um investimento alternativo. Algumas dicas para quem quer ter uma carteira rentável são: ter sempre ativos diversificados em sua carteira, dessa forma, em caso de perdas há uma compensação, evitando grandes prejuízos. Pesquisar muito e aprender sobre o mercado, tipos de ativos e volatilidade. Comprar criptomoedas em pré-venda e com preço especial para aumentar sua rentabilidade e entender o funcionamento de cada token antes de investir.
Outra dica que vale ouro é procurar exchanges de confiança para intermediar a compra de suas criptos. Isso pode fazer toda a diferença nos seus resultados, pois existem milhares delas no mercado e nem todas são confiáveis e seguras. Sempre recomendamos as exchanges OKX e eToro, por serem confiáveis e oferecer muitas opções de criptomoedas para os investidores, além de serem fáceis de acessar e usar. Se você quer conhecer um pouco mais do mercado antes de investir, pode começar acessando nosso guia completo com diretrizes para iniciantes.
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