China no radar: analistas apontam 21 criptoativos chineses que merecem atenção

As criptomoedas chinesas estão crescendo em popularidade entre traders e investidores cripto. Neste artigo, apresentamos uma lista de 21 criptomoedas ligadas à China que, juntas, obtiveram uma média de retorno de 119% ao ano até hoje.

Excluímos desse cálculo o desempenho de Conflux, porque esse token subiu massivamente 1.316% e distorceria os resultados médios. Conflux, no entanto, faz parte da lista Top 21 da China.

Somente nos últimos sete dias (em 24/02), Conflux teve alta de 452%, COCOS BCX (COCO) subiu 216%, o preço do NEO teve alta de 57% e o do Filecoin, 53%. Apenas uma das criptomoedas está no vermelho – Immutable X (IMX) caiu 13%.

Todas as outras criptomoedas têm se destacado nos grupos de discussão cripto pelo bom desempenho. Aqui estão mais algumas: Nervos Network (CKB) subiu 44%; VeChain (VET), 26%; Ontology (ONT), 23%. Klaytn, que na verdade é um projeto de criptografia baseado na Coréia do Sul, mas tem mercado na China, está acima de 43%.

Por que as criptomoedas da China estão em um bom momento?

Hong Kong está abrindo seu mercado cripto de varejo, o governo chinês parece favorável e o fim da política de “zero Covid” no continente fez o Banco Popular da China parar de subir as taxas de juros na segunda-feira (20 de fevereiro).

Em conjunto, estas poderiam ser mudanças sísmicas para o mercado cripto em todo o mundo, possivelmente acendendo uma nova corrida de touro.

A China proibiu as criptomoedas em 2017, portanto, com certeza qualquer movimento favorável de Hong Kong será de importância limitada para o complexo de ativos digitais, alguns dirão.

Além disso, Hong Kong ainda está se movendo com relativa cautela, sinalizando que seu regime de licenciamento cobrirá apenas as moedas mais líquidas, como Bitcoin e Ethereum.

Mas, contra o pano de fundo de uma repressão em outros lugares do sistema financeiro, mais significativamente nos EUA, destaca-se o movimento contrário da China.

Portanto, não devemos ser muito rápidos em dispensar a tentativa de Hong Kong de se posicionar como um centro cripto global, ou de vê-lo como uma mera demonstração de rivalidade intrarregional com Cingapura.

A China proibiu o criptograma, mas o comércio continua via VPN

Segundo analistas, tem havido uma tendência a exagerar o impacto da proibição do governo chinês.

Embora os cidadãos estejam proibidos de negociar em terra, o comércio offshore 0ver VPN é amplamente difundido. E mesmo que as bolsas estejam proibidas de operar no país e os bancos não sejam capazes de assumir negócios relacionados à criptografia, ainda é perfeitamente legal para os cidadãos chineses manterem recursos em cripto.

Depois há a exceção de Hong Kong – um destino favorito para as classes médias bem abastadas e indivíduos com alto patrimônio líquido para acessar a economia mais aberta, que inclui cripto ativos, licenciados ou não.

Mas, com os oficiais do Liaison Office frequentando eventos cripto em Hong Kong, parece que o Partido Comunista está mais do que feliz que a experiência cripto ocorra nos confins relativamente seguros de Hong Kong.

Hong Kong pode ser uma caixa de areia para a inovação sem minar o Yuan Digital

Confinar – pelo menos no nível geográfico – o criptograma a Hong Kong significa que haverá menos preocupação do governo com relação ao contágio do sistema financeiro tradicional. Também não haveria medo de competição de cripto ativos privados com o Yuan Digital na economia.

Outro fator é o afrouxamento da política monetária por parte do banco central chinês com uma pausa surpresa nos aumentos de taxas. Isso é positivo para ativos de risco, nas quais a criptomoeda se encaixa.

Assim como em outras partes da economia mundial, taxas de juros mais altas são vistas como ruins para setores em crescimento como o criptográfico. Isso significa que o inverso também é verdadeiro.

Acrescente-se a isso a propensão para a tomada de riscos e especulação no mercado chinês de investidores de varejo e é possível que haja uma grande quantia de dinheiro que se move para a criptografia. Esse movimento pode já ter começado.

Finalmente, importante lembrar que a tecnologia blockchain foi mencionada pela liderança chinesa como uma das tecnologias-chave da Quarta Revolução Industrial.

Ao contrário do Ocidente, a China já tem uma estrutura bem avançada para facilitar a adoção da tecnologia de livro-razão distribuído e suas empresas quase privadas estão fazendo investimentos significativos, mesmo que ainda haja relativamente pouco a mostrar no nível do consumidor.

Como interpretar esta nova narrativa das moedas emergentes da China

A equipe de B2C identificou 21 criptomoedas que poderiam ser consideradas para exposição na China. Algumas delas são projetos que são parceiros oficiais da Blockchain Services Network, iniciada pelo governo. Outras nem sequer são chinesas, mas têm parcerias significativas com empresas chinesas ou têm seguidores, por qualquer razão, entre traders e investidores chineses.

Há uma mistura de moedas de pequeno e grande porte a considerar e uma variedade de indústrias nas quais esses tokens estão envolvidos, desde a cadeia de fornecimento e IA até jogos e autenticação de identidade.

Há veteranos no mundo cripto, como NEO, que há muito tempo é conhecido como o “Ethereum chinês”, com um limite de mercado de cerca de US$ 1 bilhão. EOS é outra blockchain Layer 1 que existe há algum tempo, nos padrões cripto, e tem muitos investidores chineses.

Na outra ponta do espectro estão moedas como o Cortex Labs (CTXC), com um limite de mercado de US$ 64 milhões e uma propensão para a reinvenção perpétua – agora está entrando no segmento de inteligência artificial (IA).

O que faz de Filecoin e Polkadot candidatos à lista de 21 criptomoedas chinesas de destaque?

Entre as maiores moedas de nossa China 21 estão duas talvez improváveis candidatas – Filecoin (FIL – US$ 3 bilhões MC) e Polkadot (DOT – US$ 8,7 bilhões MC).

Ambos estão incluídos por causa de seus seguidores na China. O maior prestador de serviços da Filecoin durante algum tempo foi a RRMine, que só deixou a China em setembro de 2022.

Além disso, a empresa chinesa Ewieson utiliza a Filecoin para a preservação de dados.

Já Polkadot é uma criptomoeda muito apreciada pelos entusiastas cripto na China. O cofundador do Polkadot, Gavin Wood, vive em Xangai parte do ano e é conhecido no cenário cripto do país.

O laboratório de blockchain Parity e a Web3 Foundation também têm sido fundamentais no financiamento de desenvolvedores chineses com subsídios para trabalhar na “blockchain”. Estima-se que 20% dos beneficiários de subsídios para desenvolvedores da Fundação Polkadot Web3 residem na China.

Perfis das 21 criptomoedas da China que valem ser observadas

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